Você saberia dizer o que há em comum entre os postes de iluminação pública e as megaconstelações de satélites em órbita da Terra? Ambos representam formas de poluição luminosa que, além de prejudicar a observação do céu noturno por astrônomos e admiradores das belezas do espaço, também podem interferir negativamente no ciclo de vida dos animais – desde insetos até seres humanos (principalmente a luz que contém os espectros azul e ultravioleta – UV). 

A poluição luminosa causada por luzes artificiais das cidades e das megaconstelações de satélites é prejudicial ao meio ambiente e à saúde humana. Imagem: Kirill Neiezhmakov – Shutterstock

Em uma manifestação pública divulgada em junho de 2016, a Associação Médica Americana (AMA) solicita imediata revisão sobre os sistemas de iluminação pública e alerta que os sistemas de iluminação LED estão evoluindo de maneira inadequada. 

Por meio de recentes pesquisas sobre o ciclo circadiano, cronobiologia e cronoterapias, a luz artificial à noite foi classificada como uma das causas do câncer, principalmente a que contém o espectro azul. 

A Internacional Dark Sky Association (IDA) recomenda o uso de fontes de luz artificial no espectro âmbar, que não contenham o espectro azul ou o UV para ambientes exteriores e públicos buscando a mitigação de danos ao ser humano e ao meio ambiente.

Para falar sobre esse assunto tão importante, discutir os males da poluição luminosa e o que podemos fazer para combatê-la, o Olhar Espacial desta sexta-feira (18) vai receber os convidados Silvia Carneiro e Ary Martins.

Silvia Carneiro e Ary Martins são os convidados desta sexta-feira (18) do programa Olhar Espacial. Fotos: Arquivo pessoal

Silvia Maria Carneiro de Campos, de São Paulo, é representante da IDA no Brasil. Suas pesquisas sobre iluminação denunciam os impactos ambientais que a luz artificial provoca ao ser humano e à natureza. Ela atua no mercado de iluminação desde 2008, como arquiteta urbanista especialista em iluminação, com pós-graduação em Iluminação e Design de Interiores e Master em Arquitetura e Iluminação. É professora da área em instituições renomadas, como a Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e o Istituto Europeo di Design (IED), e executa projetos luminotécnicos para diversos segmentos.

Ary Martins é divulgador científico, fundador do grupo astronômico Plêiades do Sul, membro da International Dark Sky Association e um dos principais realizadores de eventos do Asteroid Day em 2022.

Apresentado por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia — APA; membro da SAB — Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da BRAMON — Rede Brasileira de Observação de Meteoros — e coordenador regional (Nordeste) do Asteroid Day Brasil, o programa é transmitido ao vivo, todas às sextas-feiras, às 21h, pelos canais oficiais do veículo no YouTube, Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn e TikTok.

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