Um artigo publicado na Scientific Reports apontou que uma nova espécie de tartaruga marinha foi descoberta na Espanha. Apesar de “nova”, se trata de um animal que viveu  entre 83,6 a 72,1 milhões de anos atrás, no final do período cretáceo. Os fósseis dela foram escavados entre 2016 e 2021 e sugerem que quando viva a tartaruga poderia ter 3,47 metros de comprimento corporal.

A maior espécie de tartaruga marinha já encontrada foi catalogada devido a fósseis encontrados na região do Kansas, nos Estados Unidos. Esses animais do gênero Archelon circundavam os mares norte-americanos e atingiam 4,6 metros do focinho até o rabo. Mesmo os achados na Europa não sendo os maiores já encontrados no mundo, a espécie descoberta lá é a maior já encontrada no continente, que até então não passavam de 1,5 metros.

Os fósseis da tartaruga gigante

Os vestígios foram encontrados no nordeste espanhol, em Cal Torrades e são uma pelve fragmentada, mas quase completa, e partes da carapaça. Mas sua bacia pélvica é o que chama atenção. Proeminências que se projetam próximas a pélvis, fazem com que ela seja distinta de qualquer outra espécie já encontrada, viva ou fossilizada. Acredita-se que as protuberâncias podem estar relacionadas ao sistema respiratório. 

A nova espécie de tartarugas marinhas têm sido chamadas de Leviathanochelys aenigmatica e representam um novo grupo desses animais. Os fósseis descobertos indicam que as tartarugas gigantes da Europa e da América do Norte evoluíram essas características a partir de linhagens independentes, podendo o desenvolvimento da espécie europeia estar ligado às condições únicas encontradas nos mares europeus da época.
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