Enquanto o megafoguete Space Launch System (SLS) decolava em direção à Lua carregando a cápsula Orion na madrugada da última quarta-feira (16), algumas peças se soltaram do complexo veicular – nada, no entanto, que causasse preocupação para a equipe responsável pelo lançamento da missão Artemis 1, o voo inaugural do novo programa de exploração lunar da NASA.
Nesta matéria, publicada pelo Olhar Digital no dia seguinte ao tão aguardado evento, você tem mais detalhes sobre o incidente. E, ao que parece, o foguete não foi o único avariado na ocasião. De acordo com Joey Roulette, jornalista da agência de notícias Reuters, uma fonte de dentro da NASA revelou que a plataforma LC-39B, do Centro Espacial Kennedy, de onde o veículo partiu, sofreu mais danos do que estava previsto.
Segundo uma publicação de Roulette no Twitter, “as portas do elevador foram arrancadas com a explosão, vários canos foram quebrados e algumas grandes folhas de metal caíram ao redor”.
Esse tweet foi um complemento à publicação do repórter Jeff Foust, do site SpaceNews, que na sexta-feira (18), resumiu um comunicado da NASA admitindo que os elevadores da plataforma de lançamento não estavam funcionando porque uma “onda de pressão” as teria explodido.
Ainda não se sabe a real extensão dos danos causados na torre de lançamento. Felizmente, não foi nada que pudesse atrapalhar ou impedir que a cápsula Orion fosse arremessada com sucesso ao espaço. A espaçonave já chegou à Lua e, já no caminho, fez uma foto incrível da Terra sendo deixada para trás, entre outras imagens capturadas.
Ao chegar a pouco mais de 100 km de distância do nosso satélite natural, Orion sobrevoou os locais de pouso das missões Apollo 1, Apollo 12 e Apollo 14. E logo o Módulo de Serviço Europeu, projetado e implantado na cápsula pela Agência Espacial Europeia (ESA), será usado para realizar uma manobra que utilizará a gravidade lunar para permitir que a espaçonave entre na chamada “órbita retrógrada distante” na Lua.
“Retrógrada” se refere ao fato de que a cápsula vai girar em torno da Lua no sentido oposto ao que o astro orbita a Terra. E “distante” significa, na prática, que Orion alcançará 64 mil km além do nosso satélite natural, o que representa o ponto mais longe no espaço profundo que uma espaçonave de tripulação já esteve até hoje.
Depois de cerca de cinco dias nessa órbita, a cápsula retornará para o ponto mais próximo da Lua, a 100 km de altitude, de onde é possível observar as características distintas da superfície lunar, incluindo suas crateras de impacto. Então, ela usará esse sobrevoo próximo para usar a força gravitacional da Lua para acelerar de volta à Terra.
No caminho, ela vai descartar o módulo de serviço, para reentrar na atmosfera a 40.200 km/h. Nesse momento, a cápsula vai experimentar temperaturas de quase 2.800 graus Celsius, estando protegida pelo maior escudo térmico do mundo (com cinco metros de diâmetro).
Após a reentrada segura, serão acionados os paraquedas, para garantir um mergulho preciso no Oceano Pacífico, na costa da Califórnia, representando o teste final da espaçonave.
Fonte: Olhar Digital
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