O Centro para Vigilância Viral e Avaliação Sorológica do Instituto Butantan identificou pela primeira vez no Brasil a sublinhagem BN.1 da variante Ômicron do novo coronavírus. A cepa foi detectada em uma moradora de 38 anos da cidade de São Paulo no último dia 27 de outubro.
Segundo informações da Agência Brasil, a instituição destacou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) não considera a BN.1 uma variante de grande preocupação e, por isso, não deve provocar um impacto significativo no número de casos no estado de São Paulo.
A BN.1 foi descrita pela primeira vez no sistema Pango de linhagens do Sars-CoV-2, na Índia, em 28 de julho. Atualmente, é encontrada principalmente nos Estados Unidos, que registrou 16% de todas as amostras de BN.1 encontradas no mundo. No Reino Unido ela foi detectada em 15% dos casos de covid-19, na Áustria e na Austrália, 14%, e na Índia, 11%.
Além da BN.1 circulam no estado outras sublinhagens da Ômicron, como a XBB.1 e CK.2.1.1. No entanto, elas não demonstram força para sobrepor a recém-chegada BQ.1.1, uma das responsáveis pela nova onda de contaminações no Brasil e em outras partes do mundo — sendo responsável também por uma morte em São Paulo.
No Amazonas, o Núcleo de Vigilância de Vírus Emergentes, Reemergentes ou Negligenciados do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) também identificou a circulação da BA.5.3.1, outra cepa da “família” Ômicron. A chamada BE.9, que já é uma variação da BA.5.3.1 com algumas mutações da BQ.1, também foi registrada.
A Ômicron, variante do coronavírus, surgiu pela primeira vez na África do Sul no final de 2021 e foi a responsável por uma grande onda de casos e internações, o que exigiu o reforço dos protocolos de segurança, como o distanciamento social e uso de máscaras, além da urgência da vacinação. Na época, a cepa foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma “variante de preocupação” devido seu alto poder de transmissão e por ter um número de mutações maior do que as outras.
Fonte: Olhar Digital
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