O segundo bissexto é uma aplicação periódica, assim como o ano bissexto, que visa manter a hora civil e o período de rotação da Terra sincronizados. O que acontece é que o tempo em que a terra leva para dar uma volta em torno de si mesma não é exatamente igual ao marcado no relógio. A “lentidão” do nosso planeta faz com que um segundo seja introduzido no nosso calendário para ficarmos sincronizados como o relógio astronômico. Entretanto, a Conferência Geral de Pesos e Medidas decidiu pelo fim do segundo bissexto até 2035

Cientistas e representantes do governo reuniram-se no Palácio de Versalhes, na França, na última sexta-feira (18) para tomar a decisão. Os segundos bissextos geralmente passam despercebidos para gente, já que geralmente são adicionados às 23:59:59 dos dias 30 de junho e/ou 31 de dezembro. Entretanto para sistemas que exigem um fluxo de tempo exato e ininterrupto, como redes sociais, telecomunicações e satélites, um segundo pode atrapalhar muito. 

A medida foi aprovada pelos 59 países membros da International Bureau of Weights and Measures (BIPM). Alguns países já queriam a mudança para 2025 ou 2030, entretanto a Rússia defendia a exclusão do segundo bissexto somente a partir de 2040. Portanto, 2035 foi definido como um meio termo.

O segundo bissexto

O tempo adotado pelos humanos baseia-se nos movimentos das Terra, seja na rotação para os dias ou translação para os anos. Mas com o surgimento dos relógios atômicos de altíssima precisão, percebeu-se que o tempo astronômico e a hora civil não eram exatamente sincronizados. Portanto, o Tempo Universal Coordenado (UTC), organização responsável pela cronometragem global, visa conciliar um com o outro, assim sempre que eles se afastam 0,9 segundo um do outro adiciona-se um segundo bissexto. 

Agora com a mudança, uma nova forma de compensação desse tempo excedente precisa ser apresentada. A ideia mais aceita tem sido a que propõe que o tempo astronômico e o tempo universal coordenado sejam sincronizados quando estiverem 1 afastados um do outro. 

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