Enquanto a fábula do Flautista de Hemlim, reescrita pelos irmãos Grimm, no século XIX, já mostrava o gosto dos ratos pela música, a ciência conseguiu provar que, realmente, esses roedores acham ritmos musicais irresistíveis e chegam até mesmo a dançar.
Acreditava-se que essa habilidade de se mover mediante a estímulos musicais fosse uma característica exclusivamente humana, mas essa descoberta mostrou que não, e além disso, ela fornece várias pistas sobre como funciona a mente animal e quais são as origens da dança.
No estudo, foram examinados 10 ratos equipados com acelerômetros em miniatura sem fio, utilizados para medir os menores movimentos da cabeça. Com toda a paramentação correta, os pesquisadores tocaram trechos de um minuto de composições de Mozart, em quatro tempos diferentes: 75%, 100%, 200% e 400% da velocidade original.
Ao considerar o batimento cardíaco acelerado dos roedores, os cientistas pensaram que talvez esses animais pudessem ter preferência por músicas mais rápidas, porém os resultados mostraram que tanto os ratos quanto os participantes humanos voluntário tinham sincronicidade de batida ideal quando a música estava na faixa de 120-140 batidas por minuto (bpm). Outra descoberta foi na movimentação corporal, de acordo com as observações, ratos e humanos sacudiam a cabeça nas batidas, em um ritmo semelhante. Quando a música acelerava, esse nível diminuía.
Música e felicidade
O Dr. Hirokazu Takahashi, da Universidade de Tóquio, disse que “os ratos exibiam sincronização inata – isto é, sem qualquer treinamento ou exposição prévia à música – de batidas”. Ele complementou sua fala ao indicar que “a música exerce um forte apelo ao cérebro e tem efeitos profundos sobre a emoção e a cognição”. Agora, o próximo passo da equipe é investigar como melodia e harmonia se relacionam com a dinâmica do cérebro. Para Takahashi, esses estudos servem para observar como a música influencia para uma vida feliz.
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Fonte: Olhar Digital
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