Após duas horas de sessão, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na noite de terça-feira (22), o uso emergencial de duas vacinas bivalentes contra a covid-19. Os imunizantes, produzidos pela Pfizer, protegem contra a variante original do novo coronavírus, da Província de Wuhan (China), e também são atualizados para combater o avanço das subvariantes BA.1 e BA.4/BA.5, da Ômicron. 

Dos cinco diretores responsáveis, três aprovaram o uso, configurando maioria. O órgão autorizou a aplicação como doses de reforço em pessoas a partir de 12 anos, três meses depois da última dose de reforço. Caberá agora ao Ministério da Saúde comprar as vacinas bivalentes — atualmente, a pasta tem um contrato para a aquisição de 100 milhões de doses da Pfizer a serem entregues a partir deste ano.  

Os imunizantes bivalentes terão frascos na cor cinza para facilitar a identificação. As vacinas da Pfizer usam a tecnologia do RNA mensageiro, em que uma parte da proteína spike, responsável pela fixação do vírus nas células, é injetada para estimular a produção de anticorpos. 

Fachada da Anvisa
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A Pfizer enviou à Anvisa o primeiro pedido de análise da vacina bivalente contra a sublinhagem BA.1 em agosto. No fim de setembro, a fabricante entrou com o segundo pedido de análise, acrescentado as subvariantes BA.4 e BA.5. 

A decisão da agência ocorre no momento do aumento de casos no país ligados à circulação de uma nova subvariante da Ômicron. Na semana passada, o Ministério da Saúde emitiu alerta sobre a circulação de novas linhagens no país. Uma delas reduz as barreiras para o vírus entrar nas células humanas. A outra aumenta o risco de reinfecção. 

Conforme o Ministério da Saúde, a média móvel de casos subiu 120% na semana de 6 a 11 de novembro em relação à semana anterior. Os óbitos aumentaram 28% na mesma comparação. 

Via Agência Brasil