Conforme a Black Friday se aproxima, consumidores se animam para ver todas as promoções oferecidas por basicamente todas as grandes redes de e-commerce. No entanto, esta alta demanda que o período representa é acompanhada de um aumento significativo no número de golpes relacionados às compras do evento.
Atentos a isso, profissionais do SafeLabs realizaram uma busca em Deep e Dark Web para identificar as principais tendências de golpes relacionados à Black Friday e destacam uma prática relativamente nova: o comércio de sites falsos, que consiste basicamente na “cópia” de uma página legítima de algum grande varejista, que passe uma sensação de segurança ao consumidor para que o mesmo efetue o pagamento de uma compra falsa.
Segundo os especialistas, o golpe é conhecido como “venda de telas falsas”, e estas telas podem custar de R$ 150 a R$ 500, dependendo de seu nível de sofisticação. “Os grupos criminosos têm estruturado esta cadeia de operações há meses, visando as principais datas para o e-commerce, como a Black Friday.
“A maioria já é vendida como serviço, para que cada comprador possa fazer a distribuição das mesmas via phishing (e-mail, SMS, Whatsapp, etc)”, destaca William Pessoa, Product Owner do Mantis, plataforma de monitoramento de ameaças digitais do SafeLabs.
As capturas de tela abaixo destacam os anúncios de comercialização desta prática em fóruns na Dark Web. Com estas imagens fica claro que o apelo de Black Friday faz com que esse mercado dispare no período. Alguns dos criminosos inclusive oferecem serviços personalizados e treinamento para iniciantes:
Pessoa alerta ainda que “além do fato de o consumidor gastar dinheiro em uma mercadoria que nunca será entregue, há também o grande risco de que, por meio deste mesmo golpe, as informações de seu cartão de crédito sejam capturadas e comercializá-las nos mesmos fóruns na Dark Web com preços que variam de R$ 8,00 até R$ 60,00”.
Para evitar este tipo de golpe, listamos as principais dicas para os consumidores:
Sempre verificar a URL do site
É fundamental dar prioridade a sites que já sejam conhecidos e tenham renome. Mas tanto para grandes varejistas quanto para os mais desconhecidos, é importante ter muito cuidado com o site acessado. “Por exemplo, suspeite muito de uma loja chamada ‘Loja do Fulano cujo site não seja exatamente isso, ou tenha variações, como ‘lojadaofulano’ ou ‘lojadofulahno’”. Além disso, é importante evitar compras diretamente pelo link. Antes de confirmar a compra, entre no site oficial da loja e procure pelo item desejado.
Desconfie de ofertas boas demais
Dificilmente algum varejista ou loja anunciará um produto por um terço ou um quarto de seu preço durante a Black Friday. Grandes aliados neste caso são os sites de consolidação de preço, que podem ser usados para analisar com calma os preços dos produtos em diversas lojas, antes e durante a Black Friday.
Nunca forneça dados desnecessários
Este é um ponto que ganha ainda mais relevância com a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados. Não confie e não insira em sites de e-commerce dados que não interferem em nada na sua compra ou identificação, como mais de um número de cartão, mais de um endereço ou mais de um documento.
Opte por formas de pagamento mais seguras
Por mais que seja extremamente útil e rápido para situações corriqueiras, o PIX é uma forma de pagamento com a qual se deve tomar muito cuidado neste período. Idealmente, utilize-o somente em lojas de sua confiança, e sempre cheque na sua instituição bancária o destinatário do dinheiro.
“Utilizando o mesmo exemplo da ‘Loja do Fulano, qualquer destino que não tenha esse mesmo nome já parece muito suspeito”, conta Pessoa. Outra saída segura é optar pelos cartões de crédito digitais atrelados ao original, que podem ser excluídos e apagados do sistema da loja imediatamente após a compra, protegendo o usuário de potenciais vazamentos de dados.
Fonte: Olhar Digital
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