Apenas 69% dos cubanos participaram; resultado é o mais baixo desde 1976, quando o sistema eleitoral entrou em vigor
As eleições municipais em Cuba registraram recorde de abstenção, no domingo, 27. Apenas 68,58%, que representa 5,7 milhões de cubanos, foram às urnas, informou a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Alina Belseiro. Esse é o percentual mais baixo desde 1976, quando o sistema eleitoral entrou em vigor. Esses números são as preliminares, os resultados definitivos devem levar pelo menos mais 48 horas para serem anunciados. Em entrevista coletiva transmitida pela televisão, Alina afirmou que “os resultados deste dia de eleições mostram o apoio do nosso povo aos seus representantes populares e a confiança em sua revolução”. A oposição ilegal fez campanha pelo abstencionismo, ante a impossibilidade de concorrer com os candidatos favoráveis ao governo e ao Partido Comunista (único), que não concorre, mas supervisiona as eleições, para eleger 12.427 delegados (vereadores). Segundo Balseiro, “as eleições transcorreram de acordo com o previsto, com tranquilidade, organização, disciplinada e conforme o cumprimento da lei”. A presidente eleitoral informou que, das cédulas depositadas nas urnas, 89,11% são válidas, 5,22% estavam em branco, e 5,07% foram anuladas. As cédulas em branco, ou com palavras de ordem contra o governo, que são anuladas, são outras táticas usadas pela oposição. Estas eleições iniciam um processo eleitoral que continuará com a renovação do Parlamento e culminará nas eleições presidenciais de 2023. Em Cuba, o mandato é de cinco anos, com possibilidade de uma reeleição.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan News
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