Algumas estrelas do Espaço são amplamente conhecidas por destruírem os planetas que estão ao seu redor sem deixar vestígios. Porém, agora, os astrônomos encontraram uma maneira de descobrir uma “estrela assassina” antes que ela possa apagar os sinais da destruição. As estrelas podem engolir seus planetas em diversos estágios de seu ciclo de vida. Quando as estrelas estão próximas do final de seu ciclo, elas incham e ficam vermelhas, tornando-se estrelas gigantes ou supergigantes. Nesse momento, o planeta ou objeto cósmico que estiver por perto será consumido.

Até agora a única evidência de que uma estrela consumiu um de seus planetas é a abundância de metais, ou seja, elementos mais pesados que o hélio, como silício, oxigênio e carbono, que são essenciais para o crescimento dos planetas. Com o tempo, os metais engolidos deslizam para o coração da estrela. Uma vez alojados, esses metais se conectam às profundezas da estrela, e ninguém saberá de onde esses elementos vieram. Os astrônomos acreditam que esse processo de “acobertamento” dura bilhões de anos. Porém, um novo estudo apontou que esse tempo pode ser menor.

Para cada estrela, a estimativa muda, pois essa resposta depende de quão massiva a estrela é e quanto material planetário ela consumiu. Mas, em geral, os astrônomos apontam que esse processo dura menos de um bilhão de anos. Além disso, a pesquisa apontou que não adianta olhar para um planeta de forma isolado, é preciso observar os sistemas binários em que uma estrela tem significativamente mais metais do que sua companheira. Nesses casos limitados – sistemas binários com menos de um bilhão de anos –os astrônomos podem finalmente identificar as estrelas assassinas.

Planetas que estão um pouco mais longes também sofrem os impactos desse crescimento estelar, através de uma mudança na paisagem gravitacional. Até mesmo o Sistema Solar no qual a Terra está inserida passará por esse mesmo destino em 4,5 bilhões de anos.

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Imagem: Representação artística de uma estrela destruindo um planeta. Créditos: NASA/ESA/G. Bacon

Tempestades estelares e a formação de planetas

Estrelas jovens também estão sujeitas a consumir os planetas ao seu redor. Os primeiros dias de formação de um sistema solar são um tanto quanto violentos, pois durante o crescimento estelar, são lançadas tempestades maciças de plasma que podem atingir outros corpos celestes e afetar suas dinâmicas.

A formação dos planetas é duramente afetada durante esse período, pois as tempestades de plasma são capazes de destruir os elementos necessários para a construção de mundos ao redor das estrelas. Em outros casos, um planeta inteiro colide diretamente com a estrela e desaparece completamente em um piscar de olhos.