Nesta terça-feira (29), termina a “turnê mensal” de novembro da Lua pelos planetas, e o último a ser visitado será Saturno. Isso quer dizer que, desta vez, o passeio vai terminar onde começou, já que a primeira “parada”, no dia 4, também foi o gigante dos anéis.

Os astros vão compartilhar a mesma ascensão reta, aparecendo muito próximos no céu, em um fenômeno conhecido como conjunção astral, que ocorre em razão de o nosso satélite natural orbitar a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.

Configuração dos astros no céu no momento da ascensão da dupla Lua e Saturno, às 18hh53 (horário de Brasília) desta terça-feira (29), posicionados na constelação de Capricórnio. Imagem: Stellarium

No Brasil, a dupla será visível a partir das 18h53 (pelo horário de Brasília), atingindo uma altitude de 62° acima do horizonte ocidental, continuando a ser observáveis até mais ou menos 23h30.

De acordo com o site In-The-Sky.org, a Lua estará com magnitude de -11.6, e Saturno com uma taxa de 0.5, ambos na constelação de Capricórnio. O par não estará próximo o bastante para caber dentro do campo de visão de um telescópio, mas será visível a olho nu ou com um par de binóculos.

Ainda segundo a plataforma, os dois estarão a pouco mais de 3º de distância um do outro, no momento do “appulse” – termo que se refere à separação mínima aparente entre dois corpos no céu, de acordo com o guia de astronomia Starwalk Space.

O que diferencia as duas expressões é que, embora o termo “conjunção” também seja utilizado popularmente para representar uma aproximação aparente entre dois corpos celestes, tecnicamente, a conjunção astronômica só ocorre no momento em que os dois objetos compartilham a mesma ascensão reta (coordenada astronômica equivalente à longitude terrestre). Na prática, esse é o momento em que os dois astros e a Terra estão em perfeito alinhamento no Sistema Solar, quando vistos de cima.

Em dezembro, o primeiro planeta a fazer conjunção com a Lua será Júpiter, na quinta-feira (1). Depois, será a vez de Urano (5), seguido por Marte (8), Vênus (24), Saturno (26) e novamente Júpiter (29).

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