Quatro anos atrás, Bruno Fernandes viu do banco de reservas a eliminação de Portugal para o Uruguai nas oitavas de final da Copa do Mundo da Rússia. Nesta segunda, o meia português marcou duas vezes contra os mesmos uruguaios para dar vitória à sua equipe e garantir passagem para a próxima fase.
Bruno Fernandes já tinha 24 anos no último mundial, mas ainda não tinha o status de estrela mundial que tem hoje no Manchester United. Em 2018, Bruno foi titular na estreia dos lusos, mas foi sacado logo na segunda rodada e não participou um minuto sequer dos últimos dois jogos.
No Catar a história é diferente. Rodeado de grandes nomes como Cristiano Ronaldo e Bernardo Silva, além dos atacantes que brigam por outra posição (João Félix e Rafael Leão), Bruno Fernandes pode ser considerado hoje o elo que fez o time funcionar nessas duas vitórias contra Gana e Uruguai.
Jogando com liberdade atrás da dupla de frente, Bruno participa ativamente da criação da equipe, sem perder o seu faro oportunista de lado. Na estreia, deu duas assistências no momento mais crítico do jogo, após o empate de Gana; nesta segunda, abriu o caminho para a vitória e não hesitou na cobrança de pênalti.
Bons números sempre foi o ponto forte de Bruno Fernandes. Quando ainda atuava no Sporting, chegou a registrar 32 gols e 16 assistências em 52 jogos na temporada 18/19. No Manchester United, 28 gols e 18 assistências em 51 partidas em 20/21.
A questão é que, quando os números não vinham, Bruno era muito criticado por não contribuir com suas equipes de outra maneira, principalmente na seleção portuguesa. Demorou, mas parece que Fernando Santos está conseguindo extrair as melhores qualidades do meia, mesmo em um time ainda não encaixado.
Se Rafael Leão conseguirá tomar a vaga de João Félix no time titular, não sabemos. Se o perfil dos laterais interfere nessa escolha de Fernando Santos, também não. O que sabemos é que, para Portugal ir longe, o dinamismo e eficiência de Bruno Fernandes ao lado de Bernardo Silva no meio-campo será fundamental.
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Fonte: Ogol
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