Conforme noticiado pelo Olhar Digital, Mauna Loa, o maior vulcão ativo do mundo, com mais de quatro quilômetros de altura, entrou em erupção por volta das 23h30 (pelo horário local) de domingo (27), dois meses depois de começar um período de agitação intensa. Localizado no Havaí, esse vulcão estava adormecido há 38 anos.
A informação é de um comunicado do Serviço Geológico dos EUA (USGS), que também alertou que os ventos podem transportar gás vulcânico pela região. Apesar disso, neste momento, a erupção está contida no cume da caldeira do vulcão e não está ameaçando nenhuma comunidade próxima, segundo o órgão.
“Mauna Loa está em um estado de agitação aumentada desde meados de setembro. Houve um aumento nos terremotos registrados e um aumento na inflação (inchaço do solo). Isso indicava movimento de magma abaixo da superfície, mas bastante profundo”, disse Rebecca Williams, vulcanóloga e cientista da Terra da Universidade de Hull, no Reino Unido, ao site Newsweek. “Não houve qualquer mudança nos gases que estão sendo liberados, ou inclinação significativa do solo, que sugerisse que o magma estava fazendo o seu caminho para a superfície”.
Segundo ela, nem sempre a perturbação antecede uma erupção. “Às vezes, esses períodos de agitação se estabelecem e nada acontece. Às vezes, como neste caso, acontece uma erupção”.
De acordo com o USGS, o Observatório de Vulcões do Havaí está trabalhando com parceiros de gerenciamento de emergência para monitorar a natureza da erupção.
Satélites operados pela Administração Nacional Oceanográfica e Atmosférica (NOAA) observaram o evento, oferecendo uma visão panorâmica do poder absoluto do vulcão Mauna Loa e dos perigos que a erupção pode representar.
O satélite GOES West, por exemplo, testemunhou a erupção a partir de sua posição em uma órbita geossíncrona. Uma imagem animada compartilhada pela NOAA mostra a assinatura de calor da erupção e uma grande pluma de gás se espalhando para o nordeste da chamada Ilha Grande após o evento.
Outra imagem captada por esse satélite e compartilhada pela agência mostra a erupção em infravermelho.
Enquanto isso, imagens compartilhadas nas mídias sociais revelam que a erupção tornou os céus vermelhos em todas as ilhas havaianas circundantes.
Mesmo que as primeiras análises sugiram que esteja tudo sob controle, o USGS enfatiza que erupções vulcânicas como essas podem ser “muito dinâmicas”, o que significa que as condições – e a direção dos fluxos de lava – podem mudar a qualquer momento.
A última vez que o vulcão Mauna Loa entrou em erupção foi entre 25 de março e 15 de abril de 1984, após quase dois anos de aumento da atividade sísmica. Ninguém ficou ferido naquele episódio, mas o fluxo de lava bloqueou estradas e causou danos às linhas de energia.
“Com base em eventos passados, os estágios iniciais de uma erupção do Mauna Loa podem ser muito dinâmicos, e a localização e o avanço dos fluxos de lava podem mudar rapidamente”, disse o comunicado do USGS. “Se a erupção permanecer em Moku’āweoweo, os fluxos de lava provavelmente serão confinados dentro das paredes da caldeira. No entanto, se as aberturas eruptivas migrarem para fora de suas paredes, os fluxos de lava podem se mover rapidamente para baixo”.
As erupções do Mauna Loa não são tão perigosas quando comparadas a outros vulcões do Havaí, como o Kilauea, pois não tendem a ser tão explosivas.
Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
Fonte: Olhar Digital
Comentários