O caso de uma mulher diagnosticada com câncer de pulmão e curada no mesmo dia no Texas, EUA, está “bugando” a cabeça de muitas pessoas que souberam do fenômeno, amplamente divulgado na imprensa internacional.
Segundo reportagem do Daily Mail, April Boudreau realizava exames de rotina quando os médicos descobriram o tumor. Encaminhada para um teste de acompanhamento e biópsia pulmonar, a confirmação: o nódulo era maligno. A equipe médica então aproveitou que a paciente ainda estava sobre efeito da anestesia local (devido à biópsia) para retirar a massa. Todos os exames, triagem e procedimento levaram apenas um dia, com a paciente recebendo alta no dia posterior.
Ao portal gringo, Boudreau contou que só descobriu ter o tumor depois que os médicos já o haviam removido. Ela também explicou que o único sintoma que vinha sentindo era fadiga ou falta de fôlego, o que relacionou a sua idade, 61 anos, considerando o envelhecimento. “Você se belisca porque não consegue acreditar que é verdade”, disse ela. “Isso tudo foi tão simples, sem radiação ou quimioterapia.”
O êxito na realização da cirurgia, no entanto, só foi possível graças a uma técnica pouco invasiva, que utiliza um cateter ultrafino guiado por um robô para atingir lesões em áreas de difícil acesso do pulmão. O diagnóstico precoce, claro, também possibilitou a ação rápida dos especialistas — o tumor estava em estágio inicial.
“Tomei analgésicos por três dias e era tudo o que eu precisava. Três dias depois, eu estava normal, andando por aí. Eu não podia acreditar”, disse, comemorando mais uma vitória contra a doença, já que enfrentou outros tipos de câncer; Boudreau teve um linfoma de Hodgkin duas vezes, em 1984 e 1985 — o tipo de câncer afeta o sistema imunológico, sendo considerado raro — e um câncer de mama, em 2002.
O câncer de pulmão
O câncer de pulmão está entre um dos mais incidentes no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Altamente letal, tanto para homens quanto para mulheres, ele ocupa o segundo lugar entre os tipos de câncer mais diagnosticado em brasileiros, sendo o hábito do tabagismo uma das principais causas para o desenvolvimento da condição — 90% dos casos estão relacionados ao fumo.
Por outro lado, não é raro o caso de alguém com câncer de pulmão que não é fumante. De acordo com o Instituto Vencer o Câncer, entre os fatores de risco para não fumantes estão o fumo passivo e a poluição do ar, temas que integram o alvo de políticas públicas em vários países. Nos anos 1990, esse grupo representava de 8% a 9% do total de casos de câncer de pulmão. Hoje, a taxa já alcança os 20%.
Assim, estar atento aos sinais é válido para todos, claro que, principalmente, para aqueles que fumam ou que possuem histórico familiar. Entre os principais sintomas do câncer de pulmão estão: dor no peito, dificuldade para respirar, tosse constante (às vezes com sangue) e perda de peso ou de apetite.
Como na maioria dos casos da doença, a prevenção e diagnóstico precoce são muito importantes, fazendo a diferença no sucesso do tratamento e na sobrevida do paciente. De acordo com o banco de dados do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, 55,2% dos pacientes que obtêm o diagnóstico enquanto a doença ainda está localizada chegam a ter uma sobrevida de 5 anos ou mais. Já na fase metastática, esse índice pode atingir 4,3%.
Fonte: Olhar Digital
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