No último sábado (26), a SpaceX lançou uma cápsula Dragon à Estação Espacial Internacional (ISS) por meio da missão de reabastecimento CRS-26. Entre as cargas levadas pela espaçonave estava um satélite brasileiro dedicado a pesquisas na ionosfera (saiba mais detalhes aqui).
A cápsula de carga foi lançada às 15h20 (horário de Brasília), no topo de um foguete Falcon 9, a partir do Centro Espacial Kennedy, da NASA, em Cabo Canaveral, na Flórida. Coincidentemente, um avião da United Airlines passava pelo céu do local na mesma hora. Um passageiro a bordo da aeronave aproveitou a oportunidade para registrar o lançamento em vídeo pela janela.
O vídeo mostra o foguete deixando o solo e ganhando altitude rumo à órbita da Terra, em um céu claro e sem nuvens, o que permitiu uma boa visão para os passageiros do avião. “Uma das coisas mais legais que já vi”, escreveu o fotojornalista da NBC Nick Leimbach, ao compartilhar as imagens em sua conta do Twitter.
De acordo com o site Tilt, do portal UOL, o avião havia decolado do aeroporto Dulles International, em Washington DC, às 12h25, com destino a George Town, nas Ilhas Cayman, onde pousou 3h30 depois. Conforme visto no vídeo, ele sobrevoou o Centro Espacial Kennedy no momento exato do lançamento da SpaceX.
Ceia de Ação de Graças atrasada
Uma série de experimentos científicos, além de novos painéis solares para a ISS, estavam na cápsula de carga da missão CRS-26, que era para ter sido lançada na terça-feira (22) e foi adiada em razão do mau tempo.
Se o lançamento não tivesse sido adiado, a espaçonave atracaria no laboratório orbital na quarta-feira (23). Como na quinta (24) foi comemorado o Dia de Ação de Graças, um dos feriados mais importantes dos EUA, uma apetitosa variedade de alimentos especiais também foi enviada pela missão de reabastecimento, incluindo sorvete, feijão verde picante, recheios, milho doce e outros quitutes tradicionais. Embora tenham esperado um pouco mais para desfrutar do mimo, certamente os astronautas devem ter ficado felizes com a surpresa.
Por falar em comida, uma das cargas envolve o experimento Veggie Vegetable Production System (Veggie), que consiste em esforços para abordar a necessidade de um sistema contínuo de produção de alimentos frescos no espaço. Desta vez, foi lançada a quinta etapa da pesquisa, com o envio de tomates-cereja-anões Red Robin.
Um microscópio para analisar as mudanças no sistema imunológico da tripulação, uma tecnologia de resina líquida para criar estruturas maiores, um hardware para capturar imagens dos olhos dos astronautas e um sistema para criar nutrientes a partir de alimentos espaciais fáceis de transportar, como iogurte, são outros exemplos da ciência transportada pela missão CRS-26.
Além de todos esses equipamentos científicos, a cápsula de carga também levou novos painéis solares até a estação espacial para continuar atualizando a energia no complexo em órbita.
As matrizes de base da ISS foram instaladas durante a primeira grande fase de construção da estação, no início dos anos 2000. Com o tempo, essas estruturas se deterioram naturalmente, produzindo menos energia. Todas as matrizes na ISS estão trabalhando além de sua vida útil estimada de 15 anos.
Chamados iROSAs (sigla em inglês para algo do tipo “matrizes solares de rolo da ISS”), esses painéis são projetados para serem implantados sobre os primários, de modo a sobrepor parcialmente as estruturas maiores e originais. Há seis instalações iROSA planejadas, sendo que os astronautas já instalaram dois e montaram hardware para mais três – essas que embarcam na missão CRS-26.
Com capacidade de gerar até 20 quilowatts de energia, as novas matrizes, trabalhando junto com as partes ainda expostas das matrizes mais antigas, vão aumentar o fornecimento de eletricidade da estação espacial em 20% a 30%. Elas deverão ser instaladas durante duas caminhadas espaciais programadas para os próximos dias.
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Fonte: Olhar Digital
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