A maioria das galáxias possui um buraco negro no seu centro, mas nem sempre eles estão ativos, ou seja, não estão consumindo nada e portanto não emitem luz. Assim, um evento onde uma estrela é devorada por eles é super raro, mas quando acontecem são muito violentos. Um grupo de astrônomos anunciou hoje (30) em uma publicação na revista Naturea descoberta de um evento desse tipo que está mais distante da Terra. A observação dele deixou os cientistas curiosos para descobrir suas origens.
Quando um buraco negro devora uma estrela é dado o nome de: evento de ruptura de maré (ou na sigla em inglês, TDE). Eles são super raros de acontecer, ocorrendo uma vez a cada dez mil anos em uma galáxia típica.
No momento em que uma estrela se aproxima de um buraco negro, ela é dilacerada pela extrema atração gravitacional, transformando-a em finas correntes de matéria em direção ao objeto supermassivo. Isso ocorre por a força gravitacional no lado da estrela mais próximo e o mais distante é diferente, fazendo com que ela se rasgue ao meio e seja sugada.
A rara ruptura da maré
Quando esses eventos acontecem, uma grande quantidade de energia é liberado pelo buraco negro. Geralmente ela é detectada pelos nossos telescópios através da leitura de raios-x ou ultravioletas. Às vezes, um em cada cem desses eventos, também é liberado por um jato de energia.
Na ruptura de maré que foi anunciada hoje, o jato foi detectado. Ele estava direcionado a Terra, o que facilitou sua observação a longa distância de 8 bilhões de anos-luz.
A formação desses jatos ainda é um mistério. Eles são formados por partículas que estão se movendo em velocidades próximas à da luz, mas a origem delas ainda não é bem definida. Eles geralmente são percebidos como raios X ou raios gamas, mas em específico o jato que foi observado em pesquisa publicada hoje, foi percebido como uma emissão de luz visível.
Outro fato que intrigou eles, é que a galáxia da onde ele originou-se ainda não é conhecida. Isso dificultou a identificação do fenômeno, já que não se tinha certeza que existia um buraco negro supermassivo em seu centro.
Os próximos passos da pesquisa é identificar da onde ele veio e identificar as propriedades do buraco negro que originou essa raro fenômeno. Eles pretendem usar o telescópio James Webb para procurar a galáxia hospedeira.
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Fonte: Olhar Digital
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