A Argentina chegou para a Copa do Mundo no Catar com uma longa invencibilidade, mas bastaram dois gols em cinco minutos da Arábia Saudita na partida de estreia para velhos fantasmas voltarem a assombrar a albiceleste. A classificação para as oitavas de final aconteceu, mas só com muitas mudanças e testes feitos por Scaloni.
A ausência de Lo Celso deixou um ponto de interrogação no meio-campo da Argentina. Inicialmente, Scaloni insistiu em Paredes por dentro e utilizou Papu Gómez como meia pela esquerda. Na rodada seguinte, Mac Allister (que já havia sido testado em amistoso) assumiu a vaga. Mas quem definiu o jogo contra o México foi Enzo Fernández, saindo novamente do banco de reservas.
De forma indiscutível, Enzo fez por merecer sua vaga no time titular na terceira rodada e fez mais uma bela partida. Mac Allister foi mantido na equipe por Scaloni para resolver o problema de falta de ocupação de espaços no meio-campo, com o meia do Brighton fazendo companhia à Enzo, De Paul e Messi.
Para ter tanta gente por dentro e não perder em amplitude nos lados do campo, Scaloni sacou Lautaro Martinez da equipe titular e escalou Julián Álvarez, que oferece versatilidade para atuar também pelo lado, liberando Messi de qualquer responsabilidade de marcação. Com o atacante do City partindo da esquerda, mas chegando na área, a Argentina teve muito mais dinâmica ofensiva.
O que Enzo e Julian tem em comum? Além de estarem entre os jogadores mais jovens da Argentina no mundial, os dois atuavam juntos até pouco tempo no River Plate, sob o comando do icônico Marcelo Gallardo. Foram campeões argentinos em 2021 antes de partirem para a Europa.
Hoje, Enzo Fernández já chama a atenção de grandes times da Europa por seu início muito bom de temporada no Benfica, enquanto são só elogios também para Álvarez, mesmo no banco de Haaland no City. O dinamismo dos dois recolocou a Argentina na Copa e Scaloni soube muito bem utilizar o seu elenco.
(50)
Fonte: Ogol
Comentários