O Governo do Estado investiu somente este ano mais de R$ 23 milhões em reforma, manutenção e restauro de equipamentos culturais geridos pelo Estado. O MARCO (Museu de Arte Contemporânea), a Casa do Artesão, Castelinho de Ponta Porã, a Concha Acústica Helena Meirelles, o Centro Cultural José Octávio Guizzo, Arquivo Público Estadual, Igreja São Benedito e Vagão Ferroviário foram os locais que receberam os investimentos, que resultaram em melhorias nas instalações.
O MARCO recebeu os serviços de manutenção, limpeza, substituição de material deteriorado e reparos na cobertura, além de reparo no forro de gesso e pintura interna das paredes danificadas. A obra teve duração de 60 dias, que teve sua execução finalizada a contento. Foram investidos R$ 82.790,04.
O Projeto Arquitetônico do Castelinho de Ponta Porã foi concluído em 2020. A obra foi iniciada em fevereiro de 2022, com previsão orçamentária aprovada para iniciar somente o restauro do edifício, pois a construção dos anexos será iniciada em uma segunda etapa. Os serviços executados são: restauro e recuperação de todos os elementos arquitetônicos danificados, assim como fachadas, coberturas, alvenarias, banheiros, adequação da acessibilidade, reforço estrutural, instalações elétricas e hidrosanitárias novas. A entrega da obra está prevista para fevereiro de 2023, com investimento total de R$ 5.500.000,00.
Obra emblemática da cidade de Campo Grande, o restauro da Casa do Artesão foi iniciada em novembro de 2021 com previsão de conclusão em 2023. O prédio foi restaurado por completo, desde instalações elétricas e hidrossanitárias, a elementos arquitetônicos, banheiros, esquadrias, totalizando investimento no valor de R$ 2.571.043,98.
A Concha Acústica Helena Meirelles recebeu a substituição do piso dos palcos, pintura externa das paredes em alvenarias e teto, reparo e pintura das arquibancadas e bancos em concreto e pintura dos gradis externos. A obra teve duração de 120 dias, tendo sido investidos R$ 265.652,78.
No Centro Cultural José Octávio Guizzo, os serviços executados serão de revitalização das fachadas, reforma dos ambientes internos existentes incluindo: instalações elétricas e hidrossanitarias, pintura, pisos e revestimentos, climatização e adequação da acessibilidade. Também há a previsão de ampliação da área dos camarins, substituição de toda cenografia, sonorização, acústica, elétrica e climatização do Teatro Aracy Balabanian, com investimentos de R$ 9.354.831,86.
Quanto ao Arquivo Público Estadual, foi iniciado o estudo técnico preliminar e consequentemente um programa de necessidades, a fim de instalá-lo no prédio ao lado da Casa do Artesão. Em fase preliminar de reconhecimento e anteprojeto, a reforma contemplará toda a parte de instalações elétricas e hidrossanitarias, pintura, pisos e revestimentos, climatização e adequação da acessibilidade. O investimento previsto é de R$ 2.500.000,00.
Outra obra bastante esperada pela população é o restauro da Igreja de São Benedito e requalificação do seu entorno. Foi iniciada a atualização da planilha orçamentária, assim como adequação dos projetos arquitetônicos, elétricos e estruturais, a fim de lançar a licitação da obra. Em fase preliminar de reconhecimento e elaboração de Estudo Técnico Preliminar e Termo de Referência, notou-se a necessidade de ajuste. A restauração contemplará toda a parte de instalações elétricas e hidrossanitarias, pintura, pisos e revestimentos, climatização e adequação da acessibilidade. A obra está prevista para iniciar em maio de 2023, com recursos no valor de R$ 2.750.000,00.
Foi iniciada a tramitação documental a fim de incorporar o Vagão Ferroviário ao patrimônio da FCMS, uma vez que foi doado em 2008 a pedido do então governador para compor a memória ferroviária do Estado. Com objetivo de preservar esse exemplar único no Estado, a restauração completa e o projeto de educação patrimonial estão previstos para iniciar em abril 2023, com investimento de R$ 550.000,00.
Para o gerente de Patrimônio Cultural da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Caciano Lima, o Patrimônio Cultural vem sendo percebido e tendo maiores esforços nos últimos tempos. “É um item que relaciona Cultura e Turismo, impulsionando a economia da cultura nessas interfaces. Além disso, também são registros importantes para a posterioridade. Portanto, a conservação, preservação e restauração do patrimônio cultural é um assunto muito constante na sociedade contemporânea e se mostra de grande importância para manter a memória coletiva e individual na formação social. Ao restauro, tratado em questão, une-se as outras áreas: museologia, arquivologia, biblioteconomia, literatura, gastronomia, as grandes áreas do patrimônio imaterial e o Educativo. Esse último, não num viés ‘professoral’, mas de alinhado às ações de salvaguarda dos bens culturais”.
Texto: Karina Lima
Foto do destaque: Bruno Rezende
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