Político deverá permanecer recluso e sob investigação na Diretoria de Operações Especiais por 15 dias
O presidente deposto do Peru, Pedro Castillo, foi levado para uma base policial localizada no leste da capital do país, Lima. Ele foi detido após ser destituído por tentativa de golpe de Estado, depois de anunciar que iria dissolver o parlamento e instaurar um Estado de Exceção, com medidas como toque de recolher para a população e indicação de uma nova constituinte nacional. Castillo foi transportado de helicóptero da prefeitura de Lima até a base da Diretoria de Operações Especiais da polícia, no distrito de Ate, onde deverá ficar recluso por até 15 dias, sob investigação. Do lado de fora da delegacia, apesar do tumulto, ocorreram apenas confrontos de pequena escala entre os manifestantes e a tropa de choque. Castillo é acusado pelos crimes de “rebelião” e “conspiração” por quebrar a ordem constitucional.
Apesar de tentar dissolver o congresso, em uma última tentativa de se manter no poder, evitando um impeachment, Castillo foi julgado e deposto na última quarta-feira, 7. Em menos de três horas, ele foi de anunciar suas medidas golpistas, sofrer um processo de impedimento, ser preso e substituído no cargo por sua vice, Dina Boluarte – a primeira mulher a alcançar a posição no Peru. Ele foi retirado do cargo por 101 votos a favor, 6 contra e 10 abstenções. Por sua vez, em seu primeiro discurso como chefe da nação, Boluarte pediu trégua política após meses de instabilidade, incluindo duas tentativas anteriores de impeachment, e disse que um novo gabinete, incluindo todos os matizes políticos, seria formado. Apesar disso, ela também inicia uma gestão enfraquecida, sem partido e apoio expressivo da população.
Fonte: Jovem Pan News
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