Mesmo com os holofotes voltados para o Telescópio Espacial James Webb, o Hubble ainda faz registros impressionantes e ajudou os astrônomos a desvendar o espaço. Agora, ele ajudou os cientistas a detectarem um brilho “fantasmagórico” em torno do nosso sistema solar. Eles ficaram perplexos com a descoberta, principalmente porque ainda não existe uma confirmação da origem do brilho.

O brilho foi descoberto após uma detalhada análise de mais de 200 mil imagens coletadas pelo telescópio. Elas fazem parte do projeto SKYSURF, ainda em publicação no The Astronomical Journal, que observa a luz zodiacal emanada por planetas, estrelas, galáxias e poeira interplanetária. E até então o brilho residual que mancha a escuridão não vem de nenhum deles. 

O brilho é tão fraco que a agência espacial norte-americana o descreve como semelhante a luzes de vagalume espalhados pelo céu noturno. Os astrônomos acreditam que pode se tratar de uma estrutura esférica de poeira. A estrutura até então desconhecida teria se formado a partir de cometas que adentram nosso sistema e estaria escondida em nosso sistema solar, refletindo a luz do Sol, fazendo-a brilhar. “Pode ser um novo elemento para o conteúdo do sistema solar que foi hipotetizado, mas não medido quantitativamente até agora”. apontou Tim Carleton, astrônomo da Arizona State University (ASU), em comunicado da NASA .

Outro brilho no nosso sistema solar já foi detectado em 2021 pela nave da NASA, News Horizon. Ela detectou uma luz muito mais fraca, vindo provavelmente de um lugar muito mais distante.

Hubble e o brilho fantasmagórico no céu noturno

Segundo o astrônomo Rogier Windhorst, da ASU, em comunicado, esse brilho não foi observado antes porque provavelmente os cientistas estão focados em objetos mais distantes do espaço. Ele também ressalta a importância do Hubble para descobertas como essas. “Mas esses fótons do céu contêm informações importantes que podem ser extraídas graças à capacidade única do Hubble de medir níveis de brilho fracos com alta precisão ao longo de suas três décadas de vida”, aponta ele. 

Provavelmente outros telescópios e observatórios devem se juntar ao Hubble para desvendar o misterioso brilho. 

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