Usar chatbots está em alta, principalmente com o surgimento do ChatGPT criado pela OpenIA. Apesar de sua confiança e de responderam quase tudo que perguntamos, estas inteligências artificiais ainda podem falhar e talvez você nem perceba.

O pesquisador de inteligência artificial Jeremy Howard pediu à sua filha de 7 anos que perguntasse qualquer coisa ao ChatGPT. Ela quis saber a importância da trigonometria, porque as galinhas encubam seus ovos e de onde vinham os buracos negros, obtendo todas as repostas. Com o passar dos dias, Howard começou a ver a inteligência como tutor pessoal de sua filha, podendo ensiná-la qualquer coisa. “É uma emoção vê-la aprender assim”, disse ele ao The New York Times. “Mas eu também disse a ela: não confie em tudo que ele te dá. Pois pode cometer erros”.

A OpenAI é apenas uma das empresas que vêm trabalhando em chatbots avançados. Esses sistemas ainda não podem conversar como humanos, mas às vezes parecem capazes. Além de recuperarem e entregarem informações em uma velocidade que jamais seria possível a nós, eles podem ser utilizados como assistentes pessoais também, como a Siri (da Apple) e a Alexa (da Amazon). 

Após o lançamento do ChatGPT, muitos especialistas passaram a acreditar que estes novos chatbots podem substituir o Google e o Bing. Eles podem fornecer informações em frases curtas, em vez de longas listas de links azuis. Eles também explicam conceitos de maneiras que as pessoas possam entender, e podem fornecer fatos, ao mesmo tempo em que geram planos de negócios, tópicos de trabalhos de conclusão de curso e outras novas ideias do zero. 

Jeremy Howard no TED Stage at TEDX BRUSSELS 2014 na Belgica.

“Agora você tem um computador que pode responder a qualquer pergunta de uma forma que faça sentido para um ser humano”, disse Aaron Levie, executivo-chefe de uma empresa do Vale do Silício, a Box, e um dos muitos executivos que exploram as maneiras pelas quais esses chatbots mudarão o cenário do mundo tecnológico. “Ele pode extrapolar e pegar ideias de diferentes contextos e mesclá-los”.

O Google construiu recentemente um sistema específico para conversação, chamado LaMDA, Language Model for Dialogue Applications. Um engenheiro da empresa afirmou que era uma inteligência senciente, ou seja, capaz de receber impressões e sensações, o que é mentira, mas captou a imaginação do público.