Não importava os gols, os títulos, os prêmios de melhor do mundo… Tudo isso era pelo Barcelona. Por longo tempo, Lionel Messi foi recebido com desconfiança na Argentina, na sombra de um ídolo que marcou uma geração e entregou tudo o que podia com a camisa alviceleste. Referência para o próprio Messi, Diego Armando Maradona parecia insuperável. Hoje, no entanto, o discípulo persegue o caminho para ultrapassar o mito, com as marcas do passado caindo uma a uma.
A meta principal para Messi, claro, é levantar o troféu como Maradona fez em 1986. O atual capitão está a dois passos do feito, mas já esteve até mais próximo, em 2014. Terminou com o segundo lugar no Brasil, em partida dura contra a Alemanha na final. Como muito provavelmente será difícil também contra a Croácia nesta terça-feira, e em nova decisão, se a Argentina avançar.
No percurso para mais uma final de Copa, Messi vai escrevendo sua história como sempre fez: estabelecendo novos recordes. O craque argentino está em sua quinta Copa do Mundo, se tornou o primeiro a dar assistências em cinco mundiais, e já igualou duas marcas em 2022: é o artilheiro argentino em Copas, junto a Batistuta, com 10 gols; e o maior goleador em atividade em Copas, ao lado de Thomas Müller, da Alemanha.
A marca de gols de Maradona ficou pelo caminho – foram oito marcados pelo ex-atleta, que morreu em 2020. Messi agora persegue a marca de assistências do ídolo: foram oito em Copas do Mundo. Messi tem sete e dois jogos pela frente, independente do resultado de hoje.
Por mais que falte ainda a taça de campeão mundial a Messi, hoje o craque pode dizer que conta com a idolatria de seu próprio povo, como Maradona. A experiência tornou o craque não apenas em um gênio dentro das quatro linhas, mas em um líder incontestável, capaz de finalmente encerrar a seca de troféus em pleno Maracanã, contra o Brasil, na Copa América. Há espaço para os dois no Olimpo do futebol argentino, embora um título no Catar possa colocar a “Pulga” acima até de seu mestre.
Fonte: Ogol
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