Famílias que desejam realizar teste de paternidade em São Paulo poderão ir a mais uma edição do mutirão “Encontre seu Pai Aqui”, promovido pelo Instituto de Medicina Social e de Criminologia (Imesc) e o Ministério Público. O mutirão será nesta quarta-feira (14), entre 7h e 16h, na sede do Imesc, na Rua Barra Funda, 824, na região da Barra Funda, no centro da capital paulista.
O exame é gratuito e as famílias serão atendidas por ordem de chegada. O objetivo da ação é facilitar o processo de inclusão da paternidade nos documentos de pessoas que ainda não foram reconhecidas legalmente, o que amplia direitos, inclusive à herança, além de resgatar a dignidade de pessoas que não têm esse vínculo registrado.
Como participar?
Para participar da ação será necessário que todos os envolvidos — filho (a), mãe e suposto pai — concordem com a realização do exame de DNA (ácido desoxirribonucleico) e compareçam juntos ao local para a coleta. Também será necessário apresentar documento original com foto e certidão de nascimento, no caso de crianças e adolescentes. Não é necessário nenhum preparo especial para a coleta.
Caso o suposto pai não compareça, a mãe poderá realizar o atendimento e dar continuidade ao processo de paternidade junto ao Ministério Público. Se o suposto pai já tiver falecido, parentes de primeiro grau como pais, irmãos (por parte de pai e mãe) e filhos dele (com suas respectivas mães) poderão passar pela coleta de sangue.
Este será o quarto mutirão realizado pelo Imesc neste ano. Nos outros três, houve 76 atendimentos.
Como funciona o exame de DNA?
O exame de DNA, sigla para Ácido Desoxirribonucleico, pode ser feito através da coleta de sangue ou saliva e visa identificar um vínculo genético entre pais e filhos, com base em um método de comparação.
Uma pessoa é formada por partes iguais de material genético: uma herdada da mãe e outra do pai — humanos tem 46 cromossomos (recebemos 23 da mãe e 23 do pai). O filho é, geralmente, o primeiro a ser avaliado, observa-se a contribuição da mãe no sequenciamento genético. A partir daí, é possível destacar a contribuição do DNA do pai — e compará-la com o material coletado do suposto progenitor.
A tecnologia foi inventada em 1985 pelo geneticista Alec Jeffreys, na Universidade de Leicester, na Inglaterra, e deu origem a diversos exames de sequenciamento, incluindo os famosos testes genéticos para descobrir doenças ou conhecer sua ancestralidade (veja detalhes aqui). Vale destacar que os testes de DNA são considerados 100% seguros por especialistas da área.
Fonte: Olhar Digital
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