O plástico é um material super útil devido a sua resistência e durabilidade, mas são essas mesmas características que tornam ele tão difícil de sumir da natureza. O problema que ele pode causar é tão grande que a redução do uso do material já é debatida internacionalmente. Entretanto, cientistas desenvolveram um plástico biodegradável que pode sanar esse problema. 

O plástico é usado em diversos produtos graças a sua versatilidade e resistência à água e calor. Mas essas qualidades fazem com que eles durem por milhares de anos até se degradarem. Enquanto isso, o material continua poluindo os oceanos, e a natureza de forma geral.

Mas agora, químicos da Universidade de Konstanz desenvolveram um plástico biodegradável que oferece a mesma durabilidade e resistência do plástico comum. Só que o material conta com uma tecnologia que o faz se degradar em meses ou até mesmo dias.

Poliéster – 2,18, o plástico super biodegradável

O novo material é composto por uma unidade curta de diol com dois átomos de carbono e um ácido dicarboxílico com dezoito, que dão o nome ao material de poliéster – 2,18. Os pesquisadores inseriram pontos de ruptura no material que permitem que o material se desfaça em seus módulos básicos. Tudo isso com a mesma estrutura densa que fornece a durabilidade dos plásticos comuns e com a possibilidade de seus pedaços desmembrados serem recuperados e reutilizados.

Os testes de durabilidade foram realizados em laboratório e em uma usina de compostagem industrial. Na usina, os micróbios degradam o material em dois meses, o que já é extremamente rápido pro plástico. Enquanto no laboratório, as enzimas naturais desfizeram o plástico completamente apenas em alguns dias.

“Nós também ficamos surpresos com essa rápida degradação. Claro que não podemos transferir os resultados da usina de compostagem um para um em qualquer condição ambiental concebível. O material é de fato biodegradável e indica que é muito menos persistente do que plásticos como o HDPE, se for liberado involuntariamente no meio ambiente.” explica Stefan Mecking, principal autor da pesquisa, em resposta ao News Atlas.

Os pesquisadores ainda apontam que querem estudar a possibilidade do material ser usado em impressões 3D e seu uso em embalagens.

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