O ano de 2022 ficará marcado na história como um período de grandes acontecimentos ao redor do mundo. Na internet, o panorama não foi diferente, com diversas ocasiões e eventos para serem lembrados, além de várias controversas.
Apesar de alguns problemas mostrarem uma tendência de recuo, como a pandemia da covid-19 e fantasmas da era Donald Trump nos EUA, este ano ainda pode ser escolhido como uma era inesquecível – nem sempre em um bom sentido.
Diante disso, o portal Wired decidiu separar uma lista com as pessoas que mais ocasionaram essas controversas pela internet em 2022. Alvos de polêmicas, desinformações e instabilidade online também estarão na memória de vários usuários daqui para frente.
Veja a lista de pessoas mais perigosas da internet em 2022 abaixo:
Sam Bankman-Fried
O universo das criptomoedas sempre está envolvido em discussões pela internet e muitas vezes, as polêmcias com lavagem de dinheiro, roubo e golpes é assunto nas redes sociais. Com isso, natural que o criador e ex-CEO da corretora FTX, Sam Bankman-Fried (SBF), esteja nessa lista. Especulações apontam que a FTX passa por má administração dos fundos dos usuários e investimentos infrutíferos, e SBF chegou a ser acusado em mais de US$ 8 bilhões (cerca de R$ 42,3 bilhões) em fraudes este ano. O empresário representa uma figura particularmente perturbante para a economia criptográfica.
Xi Jinping
O presidente da China, Xi Jinping, sofreu algumas acusações ao longo dos anos sobre abusos de direitos humanos em Xinjiang e Hong Kong, onde teria ocorrido repressão a manifestantes. As repressões teriam sido envolvidas com as restrições on-line que ocorrem no país asiático, tendo censores que vasculham as mídias sociais em busca de qualquer vestígio de protestos contra o governo. Isso supostamente inclui curtir uma postagem que esteja aparentemente criticando a administração do chefe do Partido Comunista Chinês.
DeSnake
O comércio da dark web de drogas e dados hackeados parecia ter se encerrado anos atrás, até retornar em 2021. Cofundado pelo usuário conhecido como DeSnake, o mercado AlphaBay voltou ao topo de locais criminosos da internet. DeSnake procurou ter mais cautela e proibiu a comercialização de alguns itens e ferramentas, incluindo recursos de ransomware, por exemplo. Além disso, o usuário investiu na segurança do site e permite a circulação apenas da criptomoeda Monero – em vez do Bitcoin. O movimento de drogas pesadas e dados criminosos parece estar mais difícil de combater do que antes.
Elon Musk
Não é novidade para quem está ligado nas notícias das redes sociais que Elon Musk é uma figura central das polêmicas na internet em 2022. O empresário adquiriu o Twitter neste ano e aparentemente, a compra desencadeou o seu “lado sombrio” pouco notado pela maioria dos usuários da web. Após a finalização do acordo, a plataforma do passarinho azul passou por várias controversas e incertezas, como a demissão em massa de funcionários e medidas contraditórias em prol de uma suposta liberdade de expressão absoluta. O Twitter ainda não acabou oficialmente, mas Musk pode estar encaminhando para uma versão nada agradável da plataforma.
Narendra Modi
Na lista, o Wired também destaca o governo de Narendra Modi na Índia, que estaria com atitudes parecidas com a China em relação aos protestos digitais. Nos últimos anos, Modi esteve envolvido em notícias que indicam um desligamento temporário da internet na região de Caxemira, proibição de apps chineses como o TikTok e uma supervisão constante de moderação de conteúdo nas mídias sociais, sempre procurando aumentar seu controle sobre as plataformas on-line. Alguns hackers apontam que ativistas digitais indianos teriam falecido em detenções policiais.
Lazarus
Um grupo de hackers norte-coreanos continuaram a roubar centenas de milhares de dólares em saques pela internet no ano de 2022, o Lazarus. Segundo a empresa de análise de blockchain Chainalysis, o grupo arrecadou US$ 840 milhões somente nos primeiros cinco meses deste ano, mais do que nos dois anos anteriores combinados. A tendência é que o financiamento dos hackers venham em mais assaltos, caso não haja operações de segurança contra o movimento.
Conti
O ransomware foi um dos grandes problemas da internet em 2022 e o maior símbolo da ameaça é o grupo Conti. Nos primeiros meses do ano, o movimento atingiu várias corporações e administrações governamentais, incluindo alguns ataques cibernéticos na Costa Rica, que entrou em estado de emergência nacional certo tempo depois. Após divergências internas, o grupo estaria fechado, mas apenas no nome. Os hackers se separaram e devem persistir procurando por vítimas.
Lapsus$
Já que os grupos hackers e o ransomware estão no assunto, o Lapsus$ também pode ser incluído nessa lista. O grupo de adolescentes foi responsável por ataques cibernéticos de ransomware ao Ministério da Saúde do Brasil e outras violações contra grandes empresas tech, como Uber, Rockstar Games, Nvidia, Samsung, Microsoft e Vodafone. Os suspeitos chegaram a ser presos pela polícia britânica, incluindo o suposto “mentor” do grupo, que teria 16 anos de idade. Contudo, os jovens foram soltos e continuam pela internet.
APT41
Por fim, mais um grupo hacker na lista. O APT41 vem sendo envolvido em alguns ataques, incluindo uma acusação de roubo de um fundo contendo US$ 20 milhões destinados ao auxílio à covid-19 nos EUA. Segundo analistas do PricewaterhouseCoopers., o APT41 seria o grupo de operação de espionagem cibernética mais prolífico do mundo, sendo responsável por dezenas de invasões com foco em espionagem na internet em todo o planeta em 2022.
Informações via Wired
Fonte: Olhar Digital
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