O Ministério da Saúde decidiu ampliar o uso da vacina da Pfizer contra a covid-19 para todas as crianças de 6 meses a 4 anos. Chamada de Pfizer Baby, as doses pediátricas estavam liberadas, até então, apenas para menores de 3 anos com comorbidades

Segundo informações do G1, a nova recomendação saiu em uma nota técnica, assinada no dia 23 pela coordenação do Programa Nacional de Imunizações (PNI). 

O imunizante da Pfizer foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em setembro para todas as crianças entre 6 meses e 4 anos e 11 meses, sem restrição de aplicação. A decisão de não ampliar, na época, a vacinação para todas as crianças foi muito criticada por especialistas de saúde, principalmente ante aos números da covid no grupo: levantamento do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), da Fundação Oswaldo Cruz, apontou em setembro deste ano que, a cada cinco internações, duas eram de crianças. 

Conforme a pesquisa, a situação se deu devido ao sucesso da vacinação em idosos e a baixa cobertura das crianças menores de 5 anos, que causou uma inversão nos dados de internação pela doença.   

Médico vacinando criança — Foto: New Africa/shutterstock

O atual parecer positivo para a ampliação da vacina Pfizer Baby foi dada no início de dezembro pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Crianças com comorbidades, no entanto, ainda serão priorizadas. 

“Considerando o quantitativo de vacinas existentes, recomenda-se que todos os esforços sejam envidados para que seja garantida inicialmente a vacinação de crianças com comorbidades e a inclusão paulatina dos demais grupos etários, de acordo com a disponibilidade de vacinas nos estados, Distrito Federal e municípios, e que a vacinação vá avançando à medida que houver disponibilização de vacinas pelo Ministério da Saúde”, explicou a pasta. 

Para crianças sem comorbidades, o imunizante deve ser aplicado de acordo com a faixa etária, na seguinte ordem: 

Vale destacar que, crianças de 3 e 4 anos que receberam a primeira dose da Coronavac devem completar o esquema vacinal (segunda dose) com a Coronavac, e não com a Pfizer Baby. 

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