Segundo um anúncio realizado pelo Ministério da Saúde britânico, o uso da inteligência artificial (IA) triplicou o número de pacientes no Reino Unido que não sofreram sequelas após um acidente vascular cerebral (AVC).
De acordo com informações da AFP, o sistema Brainomix e-Stroke, como é chamado, permite reduzir em mais de uma hora o diagnóstico e escolher mais rapidamente o tratamento adequado. Já utilizado em ao menos 110 mil casos prováveis de AVC, um relatório apontou que o uso da ferramenta aumentou a porcentagem de pacientes que não tiveram nenhuma ou poucas sequelas de 16% para 48%.
“Cada minuto que se ganha na avaliação inicial no hospital, de pessoas que apresentam sintomas de AVC, pode elevar dramaticamente as chances de o paciente sair do hospital com boa saúde”, afirmou, em nota, o médico Thimothy Ferris, diretor de transformação do Serviço Nacional de Saúde (NHS) britânico.
Desenvolvido por uma empresa com sede em Oxford, o recurso ajuda na tomada de decisões na hora de interpretar os exames do cérebro, permitindo que pacientes “recebam o tratamento adequado, no lugar certo e no momento certo”, conforme destacou a pasta.
“A inteligência artificial tem o potencial de transformar nosso sistema de saúde e permitir diagnósticos mais rápidos e precisos para garantir o melhor tratamento para os pacientes”, acrescentou o ministro da Saúde, Steve Barclay.
Como exemplo, o Ministério da Saúde britânico descreveu o caso de Carol Wilson, que após um possível quadro de AVC perdeu a visão. Com a ajuda do Brainomix e-Stroke um coágulo de sangue foi identificado em seu cérebro. Os médicos realizaram então uma trombectomia de emergência (desobstrução da artéria cerebral realizada por um cateter), o que permitiu que ela recuperasse a visão sem outras sequelas.
“Pude me sentar e enviar mensagens para minha família no mesmo dia, e voltar para casa e andar de novo dois dias depois de ter sofrido um AVC”, relatou Wilson.
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Fonte: Olhar Digital
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