Um grupo de pesquisadores acompanhou um asteroide, que passou próximo da Terra, nesta terça-feira (27), a partir de sinais de rádio. Esse esforço tem como objetivo observar o comportamento do asteroide 2010 XC15, considerado potencialmente perigoso. Além disso, essa atividade também é um teste para compreender como se preparar para o encontro do asteroide Apófis com a Terra, em 2029.
Para isso, os cientistas usaram o High Frequency Active Aurora Program (HAARP), que apontou suas antenas em direção ao asteroide e captou dados importantes sobre ele. De acordo com o investigador principal do projeto e engenheiro de sistemas de radar no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, Mark Hynes, “o que há de novo e o que estamos tentando fazer é explorar o interior dos asteroides usando radares de ondas longas e radiotelescópios da Terra”.
O HAARP é uma instalação de pesquisa localizado em Gakona, no Alasca. Essa instalação contém 180 antenas de alta frequência, cada uma com 21 metros de altura, em uma área de pouco mais de 13 hectares. A função das antenas é enviar sinais de rádio para a ionosfera, a cerca de 80 a 600 quilômetros acima da superfície da Terra, e decifrar como será o retorno desse sinal.
O empreendimento lançou uma campanha científica em outubro, com 13 experimentos, incluindo um que envolvia sinais refletidos da Lua. Na época, os pesquisadores do HAARP estavam considerando enviar um sinal de rádio para um asteroide com a finalidade de examinar o interior do corpo rochoso.
Durante o experimento de terça (27), as antenas no Alasca enviaram sinais de rádio para o asteroide e os cientistas verificaram se os sinais refletidos chegariam nas antenas localizadas na Universidade do Novo México e no Owens Valley Radio Observatory, na Califórnia.
Proteção da Terra contra asteroides perigosos
No seu ponto mais próximo da Terra, o asteroide terá apenas duas vezes a distância entre a Lua e o planeta terrestre. O outro objeto que também fará uma aproximação perigosa com o mundo tem cerca de 370 metros de largura e vai estar a 32 mil quilômetros da Terra em 13 de abril de 2029. Antigamente acreditava-se que ele representaria um pequeno perigo para a Terra, apenas em 2068, porém, a NASA já descartou essa hipótese.
“Quanto mais tempo antes de ocorrer um impacto potencial, mais opções existem para tentar distrair”, disse Haynes sobre a busca de possíveis estratégias de defesa terrestre. Em setembro, a espaçonave DART da NASA conseguiu mudar a órbita de um pequeno asteroide. Tal estratégia pode ser uma maneira de transformar rochas espaciais que ameaçam a Terra. “Se conseguirmos que os sistemas de solo funcionem, isso nos dará muitas oportunidades para tentar fazer a detecção interna dessas coisas”, finalizou o pesquisador.
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Fonte: Olhar Digital
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