Na manhã desta quarta-feira (28), a SpaceX enviou 54 satélites da Starlink à órbita baixa da Terra durante o 60º lançamento de 2022, na contagem geral da empresa.
Segundo o site Space.com, este é o primeiro lote a ser implantado da segunda geração (Gen2) de satélites do serviço de internet banda larga da companhia aeroespacial de Elon Musk.
Um foguete Falcon 9 contendo os equipamentos decolou às 6h34 (pelo horário de Brasília), da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida.
“Sob nossa nova licença, agora somos capazes de implantar satélites em novas órbitas que adicionarão ainda mais capacidade à rede”, disse Jesse Anderson, gerente de produção e engenharia da SpaceX, durante a transmissão oficial ao vivo do evento. “Em última análise, isso nos permite adicionar mais clientes e fornecer um serviço mais rápido, particularmente em áreas que atualmente estão com excesso de inscrições”.
Cerca de oito minutos após a decolagem, o primeiro estágio do foguete retornou à Terra com um pouso bem-sucedido no navio-drone A Shortfall of Gravitas (ASOG) no Oceano Atlântico.
Nessa ocasião, o primeiro estágio do Falcon 9 utilizado fez seu 11º voo. O propulsor já participou de cinco missões Starlink, lançou dois satélites GPS dos EUA e o satélite comercial Nilesat 301, além de ter enviado duas tripulações de astronautas diferentes nas missões privadas Inspiration4 e Ax-1.
O último lançamento de 2022 da SpaceX deve acontecer na madrugada desta quinta-feira (29), em um voo dedicado à implantação do satélite de imagens de alta resolução da Terra EROS C3, para a empresa ImageSat International.
Concluída essa missão, a empresa encerra 2022 com 61 lançamentos, quase dobrando os 31 do ano passado e estabelecendo um novo recorde.
Sobre a segunda geração de satélites Starlink
No início deste mês, a Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos EUA concedeu aprovação para a SpaceX implantar 7,7 mil satélites Gen2. Essa foi apenas uma aprovação parcial, no entanto, já que a empresa solicitou à FCC permissão para lançar quase 30 mil.
Segundo a SpaceX, os satélites Gen2 são mais poderosos do que os cerca de 3.300 que trabalham em órbita atualmente.
Em maio, Musk revelou alguns detalhes sobre essa nova versão. De acordo com o bilionário, a Gen2 vai superar significativamente a linha atual em quase todos os quesitos.
Ele disse que cada satélite Starlink Gen2/V2.0 pesaria em torno de 1,25 tonelada e teria cerca de sete metros de comprimento. Os satélites Starlink V1.0 e V1.5, da primeira geração, pesam cerca de 260 e 310 kg, respectivamente. Isso quer dizer que os novos são quase cinco vezes maiores do que os satélites V1.0 e têm quatro vezes o tamanho dos satélites V1.5.
Segundo Musk, os satélites V2.0 são “quase uma ordem de magnitude mais capazes” do que os da geração 1, mas não mencionou números. Acredita-se que os satélites Starlink V1.0 tenham uma largura de banda total de 18 gigabits por segundo (18 Gbps), e os V1.5, um pouco mais.
É possível que cada satélite V2.0 venha adicionar cerca de 140 a 160 Gbps à megaconstelação Starlink.
Combinado com o fato de que o foguete colossal Starship, que deve estar disponível a partir do ano que vem, pode vir a oferecer cerca de 10 vezes mais desempenho aos lançamentos de satélites do que o Falcon 9, uma única missão do superveículo poderia teoricamente expandir a capacidade total da rede cerca de vinte vezes mais do que os lançadores atuais.
Por exemplo, cada lançamento Falcon 9 de 60 satélites Starlink V1.0 de 60 kg adicionou cerca de 1080 Gbps de largura de banda instantânea à constelação. Um lançamento da Starship de 120 satélites Starlink V2.0 de 1250 kg poderia adicionar cerca de 19.000 Gbps (19 terabits por segundo).
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Fonte: Olhar Digital
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