Recentemente o mundo atingiu um marco histórico com um experimento de fusão nuclear que pela primeira vez produziu mais energia do que a gasta para sua realização. No entanto, o tema ainda gera bastante confusão, principalmente pelo fato da energia ser totalmente diferente da nuclear usada atualmente, apesar de nomenclaturas diferentes.

A fissão nuclear, usada nas usinas atuais, é bem diferente da fusão. Enquanto a fusão é limpa e não deixar resíduos, a fissão gera detritos que podem durar uma eternidade

Na fissão, quando um átomo de urânio passa naturalmente pelo processo ele libera um nêutron que gira. Esse nêutron então atinge outros átomos de urânio próximos, que se dividiram em uma reação em cascata, gerando energia.

Laboratório com reator nuclear de fusão
Cientistas estão cada vez mais perto de tornar a fusão nuclear viável para geração de energia (Foto: Damien Jemison/Laboratório Nacional Lawrence Livermore)

Em uma usina, esse processo libera calor que ferve água e o vapor gira uma turbina, que gera energia. Esse método, no entanto, pode ser perigoso e contaminar o meio ambiente.

Como é a fusão nuclear?

No experimento na Califórnia, uma pequena quantidade de hidrogênio foi colocada em uma cápsula (do tamanho de um pequeno botão). Um laser então aqueceu a cápsula a uma temperatura absurda de 100 milhões de graus Celsius.

Para utilizar esse tipo de energia globalmente, ainda falta bastante. Um grande empecilho é o custo, já que desenvolver e gerar essa energia pode custar bilhões de dólares.