O ano de 2022 foi recheado de descobertas interessantes sobre o Antigo Egito. Os arqueólogos encontraram desde um santuário de falcões com mensagens enigmáticas até múmias com línguas de ouro
Pinturas completas de múmias
Durante as escavações de uma necrópole antiga na cidade egípcia de Filadélfia, por exemplo, foram descobertos dois retratos completos de múmias e outros vários incompletos de pessoas enterradas no cemitério.
Para os pesquisadores, as imagens são de pessoas que fizeram parte da classe média ou da elite da época, já que esse tipo de trabalho provavelmente não era barato. Encontrar esse tipo de relíquia é raro, já que ocorreram muitos roubos ao longo dos anos, o que fez com que alguns retratos se perdessem.
Templo de Zeus-Kasios
Outra descoberta importante está relacionada a Zeus-Kasios. O nome da divindade é a junção de Zeus, o deus do céu na mitologia grega antiga, com o Monte Kasios, na Síria, onde ele já foi adorado.
Curiosamente, os arqueólogos encontraram restos de um templo, em Tell el-Farama, na Península do Sinai, dedicado à divindade. Segundo os pesquisadores, provavelmente a estrutura foi destruída após um grande terremoto, que atingiu a região.
Múmias com línguas de ouro
Durante o período greco-romano, era comum que as múmias fossem enterradas com línguas de ouro. Segundo as pesquisas apontam, os antigos egípcios acreditavam que essa prática ajudaria a transformar os falecidos em seres divinos na vida após a morte. Além das línguas de ouro, os enterros também continham uma infinidade de bens funerários, como colares, cerâmica e escaravelhos de ouro.
Santuário de falcões sem cabeça
Uma das descobertas mais curiosas do ano sobre o Antigo Egito foi um santuário de falcões. Os arqueólogos encontraram 15 falcões sem cabeça em um pedestal, além de um monumento de pedra com dois deuses desconhecidos em Berenike, um porto do Mar Vermelho.
Ao lado do pedestal também havia um arpão de ferro. Entretanto, o que realmente deixou os pesquisadores perplexos foi a inscrição em grego encontrada em uma das salas dos fundos do santuário, que dizia: “É impróprio ferver uma cabeça aqui”.
Deus da diversão
Em um local de sepultamento de uma cidade ao sul do Cairo, foi encontrado um tesouro de artefatos de ouro, com um colar e três anéis. Uma das peças tinha a gravura de Bes, conhecido como o “deus da diversão”. Imagens antigas da divindade podem ser encontradas em todo o Egito. Além de ser associado a festas e diversão, ele também era conhecido por proteger as mulheres durante o parto.
Houve um descoberta relacionada com o trabalho de parto das mulheres egípcias, isso porque era comum que elas fizessem tatuagens como forma de proteção durante esse momento. Os arqueólogos descobriram seis exemplos dessa prática ao estudarem as múmias enterradas em Deir el-Medina, um sítio arqueológico localizado ao longo das margens do rio Nilo.
Mesmo sem poder desembrulhar as múmias, partes dos corpos delas estavam expostas, incluindo a parte inferior das costas de uma mulher cuja tinta antiga incluía linhas pretas e uma representação de Bes.
Túnel que pode levar ao túmulo de Cleópatra
Outra descoberta marcante foi a de um túnel subterrâneo que pode levar ao túmulo de Cleópatra. Arqueólogos descobriram uma passagem de 1.305 metros sob um templo em Taposiris Magna, uma antiga cidade localizada a oeste de Alexandria.
Acredita-se que essa estrutura era utilizada para transportar água para os cidadãos. Além disso, trata-se de uma réplica exata do Túnel Eupalinos na ilha grega de Samos, que é considerado uma maravilha da engenharia.
Identificação de espécies de pássaros
Uma pintura de pássaros em voo e empoleirados ao lado de um pântano, encontrada nas paredes de um palácio na antiga capital egípcia de Amarna, é tão detalhada que os pesquisadores estão usando uma cópia da imagem para nomear as espécies retratas na obra de 3.300 anos de idade.
Por enquanto, foram identificadas três espécies: os guarda-rios (Ceryle rudis), um picanço-de-dorso-vermelho (Lanius collurio) e uma alvéola-branca (Motacilla alba).
Revelações sobre o processo de mumificação
Talvez essa seja uma das mais impactantes descobertas sobre o Antigo Egito, que mudou a forma como a prática da mumificação é encarada. Os arqueólogos inverteram completamente o roteiro sobre o que é ensinado nas escolas sobre mumificação. De acordo com a nova compreensão, os antigos mumificavam os corpos para guiá-los em direção à divindade e não apenas para preservar os corpos.
Túmulo da rainha Neith
Por fim, no 100º aniversário da descoberta do túmulo do rei Tutâncamon, um grupo de arqueólogos desenterrou o túmulo de uma realeza até então desconhecida: a rainha Neith. A descoberta foi feita em Saqqara, um sítio arqueológico em Gizé, e é a primeira menção a ela encontrada no registro arqueológico. Além do túmulo da rainha, foram encontrados numerosos caixões e múmias.
Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
Fonte: Olhar Digital
Comentários