Conforme noticiado pelo Olhar Digital, um grave vazamento foi identificado na cápsula Soyuz MS-22 há cerca de duas semanas. Acontece que essa mesma espaçonave, atualmente acoplada na Estação Espacial Internacional (ISS), seria usada para trazer de volta à Terra os tripulantes que ela levou até lá.
Autoridades russas anunciaram que a “decisão final” sobre se o retorno da cápsula será com ou sem tripulação será revelada apenas em janeiro de 2023. O mesmo em relação a como os cosmonautas Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, além do astronauta Frank Rubio, da NASA, vão voltar para casa.
A Roscosmos, agência espacial federal russa, disse que aguarda os resultados da investigação da Soyuz feita por um grupo de trabalho na ISS.
Por sua vez, a agência espacial norte-americana considera utilizar uma nave da SpaceX para resgatar a tripulação da missão Soyuz MS-22.
Conforme destaca o site Space.com, a SpaceX é a única empresa que atualmente leva astronautas ao espaço a partir do solo americano e, se outras opções não funcionarem, ela pode atuar como uma alternativa de backup para os tripulantes.
A NASA chegou a consultar a SpaceX sobre a possibilidade de “retornar membros adicionais da tripulação na [cápsula] Dragon, se necessário”, mas essa ainda não é uma prioridade para a agência, segundo a porta-voz Sandra Jones.
Segundo a agência de notícias Reuters, a NASA trabalha com duas possibilidades junto à SpaceX: a empresa poderia lançar uma espaçonave Crew Dragon de backup para pegar a tripulação ou, em vez disso, adicionar mais assentos à cápsula Endeavour, que já está ancorada na ISS.
Essa espaçonave deve retornar com os membros da missão Crew-5 para a Terra no início de 2023, de modo que todos os assentos atuais estão ocupados. Outro impasse envolve os uniformes, já que os tripulantes da Soyuz MS-22 foram para o espaço com trajes diferentes daqueles utilizados pela SpaceX e, normalmente, a empresa só transporta membros da tripulação que foram equipados com suas vestimentas espaciais personalizadas.
No comunicado da NASA, não foi revelado como essas questões seriam contornadas. Apesar de a tripulação da ISS não estar em perigo imediato com a situação, a preocupação aumenta caso o complexo passe por alguma emergência e precise ser evacuado por qualquer motivo, pois ainda não é possível garantir que os procedimentos sejam realizados com segurança usando a nave Soyuz danificada.
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Fonte: Olhar Digital
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