Nos últimos anos diversas empresas passaram por momentos difíceis por conta da retração do mercado ou mesmo pela pandemia do covid-19, mas a Peloton, empresa americana de equipamentos de ginástica, vive em uma fase ainda mais complicada. Ela passou por diversas dificuldades e tragédias em 2021 e, infelizmente, 2022 não foi muito diferente.
No ano de 2021 a esteira premium da empresa matou uma criança pequena, feriu várias outras e teve que ser recolhida; seu estoque despencou; uma nova esteira acessível teve que ser recolhida antes de ser lançada oficialmente; em dezembro a empresa virou alvo de piadas após um personagem importante da série Sex and the City, morrer em sua bicicleta Peloton no primeiro episódio da sequência na HBO; e por fim, o ano terminou com murmurinhos de uma possível venda da empresa.
Como se não bastasse, 2022 não foi um ano melhor. O ano começou com mais um personagem de série tendo um ataque cardíaco em sua bicicleta; o CEO, John Foley, deixou o cargo; 2.800 funcionários foram demitidos; o novo CEO, Barry McCarthy, disse ao The Wall Street Journalque a empresa tinha seis meses para mostrar que era viável ser uma empresa independente, segundo do The Verge.
Em meio ao caos, a empresa tentou se reerguer. Mas, certamente a metáfora complicada do McCarthy, a qual compara a Peloton com um navio de carga do Mediterrâneo, após terem perdido US$ 1,2 bilhão, não ajudou.
Os produtos não estavam em alta também. O Peloton Guide, uma webcam para ajudar nos treinos em casa, não teve muito sucesso, enquanto o Peloton Row, um novo aparelho de ginástica, foi vítima de problemas na cadeia de suprimentos. As críticas sobre os dois produtos não são ruins, pelo contrário, quem testou teve resultados positivos, mas isso não foi suficiente para reerguer a Peloton no meio desta crise.
Após fracassos seguidos, os investidores da marca começaram a se distanciar devido ao prejuízo que estavam tendo. Como resultado final, a empresa demitiu cerca de 4.500 funcionários de sua força de trabalho em quatro rodadas, fechou a fabricação de produtos domésticos e reduziu sua presença no varejo. Ao final, suas ações perderam quase 90% de seu valor em um ano.
Porém, não é possível descartar a empresa completamente. O conteúdo não mudou e, embora com os problemas no mundo fitness, a Peloton tem vários produtos sólidos. Felizmente para a Peloton, seus clientes são um grupo extremamente leal, mas o problema é que não são eles que empresa precisa (re)conquistar.
Fonte: Olhar Digital
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