O ano de 2022 está acabando, por isso decidimos fazer uma pequena retrospectiva das grandes descobertas da inteligência artificial nestes últimos 12 meses. Com certeza o seu impacto e avanço surpreenderam todos ao redor do mundo, com o desenvolvimento de chatbots, avanços na medicina, contribuição na indústria do entretenimento e muito mais!
Acompanhe:
Chatbot
No dia 1° de janeiro tivemos a primeira grande matéria sobre inteligência artificial. O ex-jornalista de tecnologia James Vlahos teve a oportunidade de conversar com o seu falecido pai. Ele desenvolveu uma plataforma com a mesma tecnologia da Alexa, assistente pessoal da Amazon, e esses bots foram chamados de “Life Avatar Story”, avatar de História de Vida na tradução literal.
Logo após, foi perceptível o avanço desta tecnologia no cotidiano, como a utilização de atendimento por IAs em mais de 21% dos bancos da América Latina, a onda do auto atendimento até o teste da inteligência com o público.
Em agosto, a Meta começou a testar chatbots com as pessoas. Após desenvolverem uma inteligência de ponta, a empresa resolveu abrir para o público testar, como forma de entender a capacidade da máquina. Ele foi nomeado Bleanderbot 3 e o seu acesso é feito pela internet, sem nenhuma relação com os aplicativos da Meta.
Por fim, o último grande lançamento nesse sentido foi o ChatGPT. Criado pela OpenAI, ele promete ser seu amigo virtual, capaz de evitar discursos de ódio e ainda consegue criar receitas, poemas, histórias e muito mais. Também foi aberto para as pessoas testarem, como forma de aprimorar seu programa e assim evitar que esta inteligência seja usada para coisas erradas.
Agora, o que nos resta é um pensamento para os anos futuros: Será que aplicativos de pesquisa, como o Google, irão desaparecer por conta destes chatbots? Se ficou interessado, dê uma olhada nesta matéria!
Medicina
Avanços na medicina ocorrem, geralmente, de forma mais lenta, com projetos em desenvolvidos por anos. Porém, em 2022 tivemos grandes descobertas em relação às IAs no meio da saúde.
Logo em fevereiro, a China desenvolveu uma babá eletrônica para os embriões, por meio de inteligências artificiais. Cientistas de Suzhou desenvolveram uma forma de babá eletrônica que poderia cuidar dos embriões gerados em úteros artificiais. A IA cuida de animais que estão sendo gerados nestas máquinas, já que é proibido gerar um humano artificialmente.
O ano seguiu com a entendimento de que esta tecnologia estava descobrindo características escondidas na doença do Parkinson. Em pesquisa realizada por cientistas do NYSCF Research Institute – juntamente com o Google Research – descobriu-se, com a ajuda da inteligência, uma nova assinatura da doença.
“A tecnologia robótica que o NYSCF construiu nos permite gerar enormes quantidades de dados de grandes populações de pacientes e descobrir novas assinaturas de doenças como uma base totalmente nova para entender drogas que realmente funcionam”, contou a CEO do NYSCF, Susan L. Solomon.
Esses dados foram essenciais para o desenvolvimento de medicamentos para esta doença. Poucos meses depois, tivemos a grande notícia de que as IAs podem detectar câncer graves antes mesmo deles se desenvolverem. A ferramenta foi criada no hospital Cedars-Sinai, em Los Angeles, e consegue prever o câncer no pâncreas por meio de tomografias computadorizadas. Assim, ela dá o diagnóstico de doenças anos antes de que ela se desenvolva, permitindo começar um tratamento preventivo e evitando muitas mortes.
“Esta ferramenta de IA foi capaz de capturar e quantificar sinais iniciais muito sutis de adenocarcinoma ductal pancreático em tomografias computadorizadas anos antes da ocorrência da doença”, declarou o autor sênior do estudo, Debiao Li. “Estes são sinais que o olho humano nunca seria capaz de discernir”, completou o pesquisador.
Entretenimento
Não se pode negar, as maiores descobertas deste ano foram as inteligências artificiais no mundo do entretenimento. Foi possível ver IAs criando obras de arte, filmes e até escrevendo produções literárias. Mas também, foi claro o descontentamento da situação por parte dos artistas ao redor do mundo.
Tudo começou em fevereiro, quando um artista brasileiro usou a inteligência artificial para recriar rostos de pessoas históricas e da cultura pop. Hidreley Diao conseguiu 305 mil seguidores no Instagram, transformando personagens animados em pessoas reais, galãs em homens velhos ou até pessoas que já morreram em como elas possivelmente estariam no futuro.
Em março, o Google lançou uma IA capaz de gerar imagens por meio de textos. A tecnologia mistura diversas técnicas, como pintura a óleo, fotografias e renderização. Chamado de Imagen, os resultados mostrados pelo Google foram apenas os que tiveram melhores resultados, então não tivemos acesso a todo o conteúdo feito. A partir disso, diversos concursos ao redor do mundo começaram a surgir.
Poucos meses após, esta tecnologia invadiu o mundo literário. Os escritores começaram a utilizar IAs para otimizar seu processo de produção. A escritora Jennifer Lepp revelou que completava os livros em 50 dias graças à tecnologia artificial. Ela utiliza uma ferramenta desenvolvida pela GPT-3, que está disponível para teste antes dos escritores comprarem. Ao ser questionada pela ação, ela simplesmente respondeu “São apenas palavras. É minha história, são meus personagens, meu mundo. Eu vim com ele. E daí se um computador os escreveu?”.
Esta tecnologia também começou a desenvolver músicas, mas obteve problemas em termos relacionados a direitos autorais, já que ela não cria algo do zero, mas junta trechos e pedaços de obras já produzidas. Assim, junto às obras de artes, chegamos a um problema que não havia sido pensado antes: como fica a questão de direitos autorais quando uma IA produz arte?
Mas isso não foi o suficiente para fazê-las parar. Neste ano foi criado o primeiro concurso de filmes feitos apenas por IAs. Com previsão para ocorrer em 2023, os filmes podem ter até 2 minutos de duração e o vencedor irá levar US$ 10 mil para casa.
Para finalizar, não podemos esquecer de algo que ficará marcado para sempre na história. Na Copa do Mundo de 2022, no Catar, a inteligência artificial fez o Maradona voltar a vida e dar um recado a todos.
Problemas de imagem
Com avanços, também temos problemas. A inteligência artificial começou a ficar tão boa em criar imagens, textos e muito mais, que começaram a produzir perfis de pessoas falsas na internet.
Dois pesquisadores perceberam semelhanças em dois perfis da rede social LinkedIn. Ao observar com atenção a imagem de perfil do indivíduo, percebeu-se algumas falhas como falta de cabelo, um brinco sem par e fundo borrado, de difícil identificação. Notaram então que isso só poderia ocorrer se as fotografias fossem criadas por meio de IA.
Problemas como este começaram aparecer. Em um estudo realizado no começo do ano, foi possível observar que as IAs estão produzindo rostos humanos extremamente confiáveis, além da sua capacidade de editar fotos publicadas nas redes sociais, podendo deixar a pessoa em qualquer situação.
Estas são apenas algumas coisas que ocorreram neste ano cheio de novidades. Assim, as inteligências artificiais se despedem de 2022. Quer saber as previsões desta tecnologia para 2023? Clica aqui!
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Fonte: Olhar Digital
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