A NASA quer ajudar a limitar as mudanças climáticas no mundo. Para isso, a agência espacial fechou uma parceria com a Carbon Mapper, uma organização sem fins lucrativos, para mapear as emissões de metano em aterros sanitários.
Atualmente, a NASA estima que o metano é responsável por algo em torno de um quarto a um terço do aquecimento global causado pelo homem.
Especificamente, o setor de resíduos contribui com cerca de 20% das emissões de metano causadas pelo homem. Esse gás é 80 vezes mais potente na retenção de calor na atmosfera do que o dióxido de carbono. Porém, o metano dura menos tempo na atmosfera da Terra e, portanto, reduzir significativamente as emissões dele pode ter um efeito imediato no aquecimento do planeta.
O objetivo da parceria, portanto, é conseguir estabelecer uma avaliação dos locais de descarte em todo o planeta e determinar quais locais emitem metano em altas taxas. Com essas informações em mãos, os tomadores de decisão podem agir para reduzir a concentração do gás de efeito estufa na atmosfera, limitando assim as mudanças climáticas.
“Novas capacidades tecnológicas que estão tornando essas emissões visíveis – e, portanto, acionáveis – têm o potencial de mudar o jogo, elevando nossa compreensão coletiva das oportunidades de curto prazo neste setor frequentemente negligenciado”, disse Riley Duren, CEO da Carbon Mapper, em um comunicado da NASA.
Como funciona o projeto
Inicialmente, a Carbon Mapper conduzirá uma pesquisa de sensoriamento remoto em mais de mil aterros sanitários gerenciados nos Estados Unidos, Canadá e outros locais na América Latina, África e Ásia em 2023.
Esses dados serão coletados usando sensores baseados em aeronaves criadas no Laboratório de Propulsão a Jato da agência espacial norte-americana – como o Airborne Visible / Infrared Imaging Spectrometer – Next Generation e o Observatório Aéreo Global da Arizona State University.
O projeto também usará dados do experimento EMIT (“Earth Surface Mineral Dust Source Investigation” ou, em tradução livre, Fonte de Investigação de Poeira Mineral na Supefície da Terra), instalado na Estação Espacial Internacional. Com isso, será possível estudar o conteúdo mineral das principais regiões produtoras de poeira do planeta.
Após seu primeiro ano, a equipe do Carbon Mapper iniciará uma pesquisa mais ampla de cerca de 10 mil aterros sanitários em todo o mundo usando satélites equipados com tecnologia de espectrômetro de imagem desenvolvida no JPL. Essas espaçonaves Carbon Mapper de propósito especial devem ser lançadas no final de 2023.
Via Space.com.
Fonte: Olhar Digital
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