A ciência pretende investigar se os universos paralelos realmente existem ou se são apenas criação da ficção científica. Em algumas teorias da física, existe menção sobre esse fenômeno, no nível quântico. Há várias interpretações da mecânica quântica, em que o Universo pode ser descrito por uma única equação gigante, conhecida como função de onda quântica.

Sempre que um processo quântico (ou subatômico) ocorre em qualquer lugar do Universo, essa função de onda se divide em duas, o que significa que universos paralelos são constantemente criados. Porém, essas interpretações nunca se mostraram corretas, e elas apresentam sempre alguma fraqueza que as impedem de serem teorias aceitas.

A mecânica quântica é a responsável por descrever o comportamento de partículas minúsculas. Ninguém tem certeza de quais resultados eles obtêm até que eles provem. Essa ideia pode ser bastante frustrante, porque o objetivo da física é fazer previsões de como os objetos se comportarão no Universo se comportarão.

Hoje, a ferramenta utilizada para fazer previsão em mecânica quântica é a equação de Schrödinger. Na imagem padrão da mecânica quântica, a função de onda -contida na equação- é uma nuvem de probabilidade que descreve onde há uma chance de ver a partícula caso alguém decida procurá-la. Onde a função de onda tem valores altos, há uma forte possibilidade, e onde ela tem valores baixos, há uma pequena possibilidade.

Resultados contraditórios para uma mesma equação

Entretanto, nada é garantido. E o mundo quântico pode apresentar até dois conjuntos completamente diferentes de regras para como a função de onda se comporta. Mas como isso é possível? Na figura padrão, a função de onda obedece à equação de Schrödinger quando as pessoas não estão olhando, e então imediatamente entra em colapso quando as pessoas estão.

Algumas outras interpretações da mecânica quântica promovem a função de onda de uma mera ferramenta matemática a um objeto real e existente. Cada partícula no Universo recebe sua própria função, e essas funções de onda continuam evoluindo segundo a equação de Schrödinger sem fim.

Quando as partículas interagem, suas funções de onda se sobrepõem brevemente. Essa situação em mecânica quântica mantém essas partículas ligadas para sempre: uma única função de onda descreve ambas as partículas simultaneamente, um processo conhecido como “emaranhamento quântico”. Cada partícula no Universo se junta com todas as outras partículas, o que produz uma única função de onda universal que descreve a totalidade do cosmos.

Mesmo com uma função de onda universal, a aleatoriedade ainda influencia a mecânica quântica. As interpretações a respeito desse fato apontam que a função de onda se divide toda vez que uma interação quântica ocorre, com cada universo duplicado contendo um dos resultados possíveis. É neste processo que um multiverso quântico é criado. Porque essencialmente toda interação é, em algum nível, uma interação quântica, existem universos contendo todas as escolhas alternativas possíveis que você poderia ter feito em toda a sua vida.

Universos paralelos são criados o tempo todo

É neste ponto que o conceito de multiverso começa a ficar um pouco pesado, porque não são apenas as decisões conscientes que levam a divisões, mas toda interação quântica. Ler este artigo em um dispositivo, desencadeia a divisão de inúmeros universos que são exatamente idênticos, exceto pelos minúsculos e insignificantes detalhes quânticos que acontecem dentro da eletrônica.

Os seres humanos experimentam a consciência como perfeita, e leva tempo para o cérebro integrar todas as entradas sensoriais em uma experiência consciente do mundo. Entretanto, se os seres humanos estão constantemente em divisão, como é possível manter uma história consistente da própria identidade?

Por enquanto, nenhuma dessas teorias físicas explica como essa divisão dos universos realmente ocorre. Há muitas perguntas e poucas respostas sobre esse tema, por isso não está claro se o multiverso quântico realmente existe ou não, mas as pesquisas continuam ativas.

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