Um estudo recente sobre as supernovas adicionou uma carga potencialmente ameaçadora a essa estrela. Aparentemente, existe um tipo de supernova capaz de destruir a camada de ozônio de um planeta anos após a explosão inicial oriunda da morte de uma estrela gigante.
Isso pode não soar muito impactante em um primeiro momento, porém, há uma estrela na constelação de Orion, localizada a 642 anos-luz da Terra, conhecida como Betelgeuse, que pode explodir dentro dos próximos milhões de anos. Assim que ela se tornar uma supernova, a estrela será o objeto mais brilhante do céu, perdendo apenas para o Sol.
Apesar do intenso brilho, o que os astrônomos mais temem em relação a esse fenômeno é a radiação de alta energia liberada, geralmente em forma de raios-x e gama, desse processo de explosão. Esse tipo de radiação pode catalisar o oxigênio e remover a camada protetora de ozônio da Terra. Sem ela, a vida na superfície da Terra não existiria.
A explosão de radiação acontece nos primeiros segundos de uma supernova, mas uma ameaça ainda maior vem depois. Os raios cósmicos, partículas subatômicas aceleradas, carregam uma fração decente da energia total de supernova com eles, e também podem remover as camadas de ozônio e mergulhar a superfície de um planeta em radiação mortal.
A análise de regolito lunar e núcleos de águas profundas revelou quantidades substanciais de ferro-60, um isótopo radioativo de ferro produzido apenas em supernovas, apontou que esse evento pode ter acontecido no passado. A presença de ferro-60 sugere que a Terra foi atingida por ejeção de supernova há alguns milhões de anos. De acordo com os cientistas, por enquanto, a Terra está segura, pois não há candidatas a supernovas próximas que possam representar uma ameaça ao planeta.
Explosão perigosa de novo tipo de supernova
A explosão da classe especial de supernova, que passou a preocupar os astrônomos, ocorre quando uma estrela que se aproxima do fim de sua vida está cercada por um disco espesso de material. Assim que ocorre a primeira explosão da supernova, uma onda de choque atinge esse disco e eleva a temperatura do material. Esse processo emite muitos raios-x que podem viajar distâncias extremamente longas.
No estudo recente, os astrônomos descobriram que as supernovas de raios-X mais brilhantes podem sobrecarregar a camada de ozônio de um planeta, e causar um esgotamento de até 50%, o que é mais do que suficiente para desencadear um evento de extinção, a uma incrível distância de 150 anos-luz. Esse fenômeno pode ocorrer meses ou anos após a explosão inicial. Os raios cósmicos terminariam o trabalho antes que a biosfera tivesse a chance de recuperar a sua camada protetora.
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Fonte: Olhar Digital
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