O Atlético Mineiro passou por um 2022 decepcionante. Depois de um ano vitorioso, a expectativa era seguir competindo por títulos, mas a temporada ficou abaixo do esperado. A solução para 2023? Mudanças pontuais. A diretoria do clube buscou trocas e reforços para oxigenar o elenco e, sob um novo comando, ter um 2023 próspero.
O Galo começa o ano com um novo comandante. Eduardo Coudet será o responsável por montar a equipe e administrar o elenco alvinegro. Conhecido pelo desejo de intensidade no seu jogo, o Chacho terá em mãos um grupo experiente e que, em pouco mais de um mês, precisa entender a nova filosofia de trabalho.
Até aqui, são sete contratações feitas pelo departamento chefiado por Rodrigo Caetano e para todos os setores do campo. Paulo Henrique (lateral) e Bruno Fuchs reforçam a defesa; Patrick, Edenilson, Igor Gomes e Hyoran o meio-campo; e Paulinho o ataque. Desses, apenas o lateral nunca se provou em alto nível. São nomes que qualificam o elenco atleticano e renovam um grupo que estava junto há, praticamente, três anos.
Paulinho é o grande destaque dentre os nomes anunciados. Trazido a custo zero, o atacante vem para auxiliar Hulk no setor ofensivo e de finalização de jogadas. Em 2021, apenas no Brasileiro, o Galo anotou 67 gols. Em 2022, viu esse número cair para 45. O reforço ofensivo demonstrou qualidade tanto na finalização quanto no auxílio para criação de jogadas.
A maior movimentação do elenco foi em peças de meio-campo. Acostumado a cobrar bastante desse setor, Coudet terá dois jogadores de sua confiança e que conhecem seu trabalho (Patrick e Edenilson), além de Igor Gomes e Hyoran que serão utilizados no setor. Adepto do 4-1-3-2, Coudet deve escalar Allan como volante e ter os reforços para revezar entre as outras posições do meio-campo.
Bruno Fuchs, outro que trabalhou com Eduardo Coudet no Internacional, chega para tentar solucionar um problema crônico do Atlético: a defesa. Junior Alonso retornou em 2022, mas passou longe de ser o defensor que foi na primeira passagem pelo Galo. Fuchs terá como missão melhorar a proteção a frente do goleiro, principalmente em bolas aéreas.
Se há nomes chegando, naturalmente, também existem jogadores saindo. Guga, Nacho Fernández, Keno, Jair e Rafael – todos integrantes da equipe que conquistou o que ficou batizado como Triplete Alvinegro em 2021 – deixaram o clube. São jogadores que, em diferentes níveis de importância, ajudaram nos últimos anos e encerraram a passagem, em definitivo, pelo Alvinegro.
Rafael saiu em busca de mais oportunidades como titular. O goleiro, que chegou diretamente do rival ao Atlético, foi pouco aproveitado após a chegada de Éverson. Guga é outro nome que não foi tão utilizado quanto se esperava quando foi contratado.
As saídas de Keno, Jair e Nacho foram mais surpreendentes. O argentino pediu para ser negociado por situações envolvendo sua família. Jair também solicitou transferência por entender que já havia um desgaste grande ao longo da sua passagem. Keno, que teve um ano marcado por lesões e poucos gols, também foi em busca de novos ares.
No fim das contas, Coudet tem em mãos um grupo forte. O Atlético se reforçou pontualmente e espera que, nas mãos do argentino, além de um bom encaixe dos reforços, aconteça um resgate de nomes importantes na temporada vitoriosa que, no último ano, estiveram abaixo de suas capacidades. O objetivo, sempre tratado claramente, é de conquistar títulos.
O ano de 2023 é crucial para o clube. O novo estádio será inaugurado e, a primeira grande missão, será a classificação em duas eliminatórias para chegar à fase de grupos da Copa Libertadores. Além da importância esportiva, o Galo mira os prêmios financeiros que pode alcançar. Ainda há a discussão para que o clube se torne SAF e, assim, possa ter uma nova injeção financeira no departamento de futebol.
Fonte: Ogol
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