Um vídeo em que um biólogo desvenda o que é uma criatura bastante estranha que aparenta ter seis olhos viralizou na web. No Instagram, o material publicado por Henrique Abrahão, que também é jornalista, já ultrapassou 7 mil curtidas em apenas três dias. No YouTube, o vídeo já soma 68 mil visualizações.
O especialista começa o vídeo dizendo “Olha os olhos e a cabeça deste animal!” e, logo em seguida, explica se tratar de um cervo do gênero Muntiacus – ou veado-latidor, na linguagem popular.
Morfologia e reprodução
Segundo Abrahão, as estruturas estranhas localizadas na cabeça do animal – e que parecem dois pares de olhos – são glândulas, na verdade.
“E isso que você está vendo nos olhos é a glândula ocular, que serve para marcar território. […] Ele simplesmente encosta em um capim e uma árvore e deixa ali uma substância”.
No entanto, esse não é o único sinal de demarcação de território da criatura. O nome veado-latidor é por causa do som emitido por ele, que parece um latido de cachorro.
A espécie é o mais antigo cervídeo do planeta e é muito distinta de outras espécies da mesma família. Diferentemente de outros cervídeos, que têm um determinado período do ano para acasalamento, os muntíacos podem se reproduzir a qualquer momento.
Além disso, as fêmeas dos veados-latidores possuem apenas seis cromossomos em suas células diploides, enquanto outros cervos ultrapassam os 40, o que faz deles a espécie de mamífero com menores números de cromossomos.
O animal também apresenta chifres que tendem a cair, como aponta o biólogo, no entanto, esse não é seu único mecanismo de defesa. A criatura apresenta presas salientes, que ela usa para lutar e se defender.
Essa criatura não existe na América do Sul
Os veados-latidores não existem na América do Sul, o que os torna um pouco desconhecidos para nós.
Eles são nativos do sudeste asiático, onde são bastante comuns. Esses animais também podem ser encontrados na Índia, no Sri Lanka, em Myanmar, na Indonésia, em Taiwan e no sul da China. Também podem ser vistos no Himalaia inferior (Nepal e Butão) e em algumas áreas do Japão (a Península de Boso e a Ilha de Ōshima).
Há uma grande população selvagem dessas criaturas na Inglaterra, levadas para lá por descendentes de fugitivos da Abadia de Woburn, por volta de 1925. Os animais se espalharam rapidamente pela Grã-Bretanha, de modo a adentrar Gales. Na Escócia, porém, não costumam ser encontrados, uma vez que são nativos de regiões tropicais. Foram vistos na Irlanda, em 2010, após, certamente, terem sido levados para a ilha por humanos.
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Fonte: Olhar Digital
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