Algumas estrelas liberam tanta energia, que são capazes explodir a atmosfera de planetas que as orbitam. E isso muitas vezes acontece antes mesmo que qualquer tipo de vida possa ter a chance de se firmar. Um novo estudo observou um aglomerado estelar que pode trazer luz sobre como se dá esse processo de destruição.
A pesquisa, publicada noThe Astrophysical Journal, analisou um grupo de cerca de 6 mil estrelas jovens que se formaram na mesma época, entre 7 milhões e 25 milhões de anos atrás. Eles investigaram como o campo magnético dessas estrelas jovens pode afetar a formação de planetas a partir de seu disco protoplanetário.
Para realizar o estudo, os pesquisadores usaram o Observatório de raios-X Chandra, um telescópio espacial lançado pela NASA em 1999. As estrelas contidas em cerca de doze aglomerados emitem uma grande taxa de raios-X, que são consequência dos campos magnéticos estelares.
Magnetismo e formação planetária
A emissão de raios-X está diretamente ligada a estrelas que são magneticamente mais ativas. Conforme o nível dessas radiações eletromagnéticas emitido por elas, os cientistas podem identificar um brilho constante nos primeiros anos de vida estelar.
O brilho constante é seguido por um declínio do magnetismo que ocorre entre 7 e 25 milhões de anos, que varia de acordo com a massa do astro. Quanto mais pesado o corpo, mais rápida é a queda da atividade magnética.
Em um dos aglomerados estudados, o NGC 3293, as jovens estrelas já existem há tempo suficiente para que o campo magnético diminua ou, como acontece em estrelas muito grandes, deixe de existir.
O estudo descobriu que as altas emissões de raio-X e raios ultravioletas dessas estrelas provavelmente extinguiram os gases e poeira de seus discos de acreção em um período de tempo muito rápido.
Isso, além de inibir a formação planetária, faz com que os planetas que consigam se formar corram grande risco de ver suas atmosferas ricas em hidrogênio sendo removidas em alguns milhões de anos. A única alternativa para esses planetas seria criar uma resposta à atividade magnética estelar, com outro campo magnético tão forte capaz de manter sua atmosfera segura.
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Fonte: Olhar Digital
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