A capital do Irã, Teerã está utilizando reconhecimento artificial para punir mulheres que não utilizarem o hijab, o popular véu exigido pela lei iraniana sobre roupas femininas. Em dezembro, uma mulher foi punida após imagens de câmeras identificarem que ela não estava utilizando a peça de vestimenta em público.

As fotos da jovem no parque de diversões que trabalhava começaram a circular nas redes sociais. Após a divulgação das imagens o parque foi fechado.

Reconhecimento facial
(Imagem: Trismegist san/ Shuttertock)

A mulher deixou de usar o hijab em 2017, pois o considerava um símbolo de repressão do governo, diz matéria do Wired

Em setembro de 2022, o governo iraniano anunciou que planejava usar a tecnologia de reconhecimento facial em transportes públicos para identificar mulheres que não cumprissem a lei que obriga o uso de hijab em locais públicos, de acordo com o The Guardian.

Segundo um chefe de uma agência do governo iraniano, a tecnologia deve ser usada para “identificar movimentos inapropriados e incomuns”, inclusive “falhas em observar as leis do hijab”. Ele menciona que indivíduos podem ser reconhecidos por meio de um banco de dados de identidade nacional.

Diversas mulheres foram presas após protestos no país contra o decreto assinado em 15 de agosto pelo presidente do Irã, Ebrahim Raisi.

A morte de Jia Mahsa Amini, detida após ser identificada por não usar o hijab, foi responsável por dar início a uma série de protestos resultando em mais de 19.000 prisões e mais de 500 mortes.

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