Pouco conhecida, a fratura peniana ocorre a partir de um trauma no pênis enquanto está ereto. Ela é definida como a ruptura da túnica albugínea do corpo cavernoso, região que, quando preenchida por sangue, resulta na ereção. Assim, na grande maioria das vezes o traumatismo acontece durante relações sexuais, geralmente nas mais intensas. 

Segundo informações da BBC, estudos indicam que 1 a cada 100 mil homens sofrem esse tipo de fratura, que embora seja rara, pode ter consequências permanentes, como problemas de ereção. De acordo com o urologista Dr. Marco Lipay, o trauma tem ainda uma posição específica durante o intercurso que facilita a ruptura: quando a mulher está em cima do homem. 

“O trauma é mais frequentemente causado por relações sexuais vigorosas, como quando o pênis sai da vagina e é acidentalmente empurrado contra a pelve (bacia). Mas uma fratura do pênis também pode ocorrer devido à masturbação agressiva ou em algumas modalidades de práticas culturais”, explica o médico. 

Ainda conforme o especialista, o pênis não tem osso e o termo fratura é a expressão que define a ruptura da albugínea e o extravasamento de sangue do corpo cavernoso para outros locais do pênis e periferia. A fratura geralmente resulta em um pênis inchado e roxo. 

Imagem: shutterstock

Os sinais e sintomas de uma fratura peniana, que podem ser observados, incluem: 

Lipay pontua que uma fratura peniana é uma urgência médica, necessitando de atenção urológica imediata. O diagnóstico é feito a partir de um exame físico e ultrassom, além do relato clínico (o que levou ao trauma). 

“O tratamento cirúrgico é recomendado na grande maioria dos casos. Se não for tratada, a fratura do pênis pode resultar em um pênis curvo ou na incapacidade permanente de obter, ou manter uma ereção firme o suficiente para o sexo (disfunção erétil), entre outras sequelas.” 

Durante o tratamento, “as atividades sexuais são suspensas por pelo menos oito semanas e, mesmo após o tratamento cirúrgico da fratura, a forma do seu pênis e/ou a qualidade de suas ereções podem não ser mais as mesmas”, acrescenta o urologista, destacando que essas complicações podem e devem ser discutidas com um especialista. 

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