Segundo o jornalista Mark Gurman, a Apple se prepara para lançar um MacBook Pro com tela sensível ao toque em 2025, algo que durante muito tempo, era considerado um sonho distante, e indo além, deve expandir as telas multi-touch para outros Macs da linha. Assim, a empresa espera aumentar sua base de usuários, melhorando as vendas dos seus computadores.
Esse lançamento vai marcar uma grande mudança de estratégia para a empresa de Tim Cook, já que a empresa optou por manter as telas sensíveis ao toque em outros dispositivos como o iPhone, o iPad e o Apple Watch, deixando os Macs com recursos como a Touch Bar, que acabou sendo aposentada dos MacBooks mais recentes.
Mas, como um produto assim pode dar certo, e como diferenciá-lo em relação aos iPads? Em primeiro lugar, é preciso entender qual o problema. Se hoje em dia, é perfeitamente possível trabalhar apenas com um iPad, que além do teclado Bluetooth, também é compatível com mouses e trackpads desde 2020, o contrário simplesmente não acontece.
Caso a pessoa queira rodar apps do iPad ou do iPhone no Mac, sua experiência será completamente diferente, e muito mais limitada, mesmo com recursos recentes como o Stage Manager.
Como fazer com que um MacBook com tela sensível ao toque dê certo
Para que essa novidade dê certo, tanto em sua usabilidade quanto no sucesso de vendas, a Apple terá que atingir dois objetivos, como lembra Mark Gurman.
O primeiro deles é ajudar a unificar o uso do seu software e dos seus serviços em todos os seus dispositivos, indo além do que faz hoje em dia. Em segundo lugar, é preciso deixar o Mac um produto mais atraente para uma fatia maior do mercado de computadores pessoais, e não só pelos méritos do seu processador.
Para melhorar a usabilidade entre iOS, iPad OS e Mac OS, a Apple precisa seguir no caminho que começou a trilhar em 2019. Nesse ano, a Apple deu aos desenvolvedores a possibilidade de adaptar os apps do iPad para rodarem no Mac, e no ano seguinte, fez o mesmo com os aplicativos para iOS. Com telas sensíveis ao toque nos Macs, será bem mais fácil usar apps feitos para o iOS e o iPad OS, dispositivos desenvolvidos para esse tipo de interface.
Como lembra Gurman, uma tela sensível ao toque pode tornar os Macs (com seus poderosos processadores Apple Silicon) mais interessantes para usuários de Windows, que estão acostumados com usarem telas assim. Além disso, a nova geração nascida depois de 2010 já cresce usando telas sensíveis ao toque, “desde iPhones até iPads, passando por tablets Amazon e até geladeiras”, em suas palavras.
Telas microLED da Apple chegam ao mercado após 6 anos de desenvolvimento
Mark Gurman conta que no próximo ano, chegarão ao mercado as primeiras telas microLED criadas pela Apple, que estão sendo desenvolvidas há seis anos. O projeto secreto T159 começou em 2017, com a proposta de fazer a Apple de depender cada vez menos de suas fornecedoras de telas.
A decisão de criar suas próprias telas microLED (ou micro LED) a partir de 2024 para uso inicialmente no Apple Watch Ultra. Além disso, a expectativa é que essas telas cheguem também ao iPhone. Assim, a empresa não precisaria mais comprar telas Samsung, da LG e da BOE, que hoje são as fornecedoras do componente para o iPhone.
Segundo o jornalista, essas mudanças são “parte de um esforço da Apple para trocar seus componentes por partes fabricadas internamente”. Esse movimento é a sequência natural do foi feito com os processadores Apple Silicon, que permitiram que a Apple encerrasse sua parceria de longa data com a Intel.
Apple está criando não só um modem próprio, mas também módulos Wi-Fi e Bluetooth
Outra decisão da Apple é de fazer seus próprios modems, para reduzir sua dependência da Broadcom e Qualcomm, em um projeto que começou a ser desenvolvido em 2019. Segundo Gurman, a empresa está criando não só um modem, mas também módulos próprios de Wi-Fi e Bluetooth. Atualmente, até mesmo o recurso SOS via satélite, um dos destaques da linha iPhone 14, depende do modem da Qualcomm.
Imagem: Wirestock Creators (Shutterstock)
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Fonte: Olhar Digital
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