Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertaram para uma possível mudança no domínio das subvariantes Ômicron em circulação no país. Segundo a Rede Genômica Fiocruz, a mudança pode significar o crescimento da linhagem XBB, que tem causado uma onda de infecções nos Estados Unidos.
Segundo informações da Agência Brasil, o alerta se dá porque, na última semana, uma característica genética da BA.5 (Ômicron, dominante no Brasil desde meados de 2022) tem se tornado menos comum nas análises realizadas, o que indica que mais vírus presentes nas amostras colhidas em dezembro podem não pertencer à linhagem BA.5.
“Considerando o cenário global da diversidade de variantes do Sars-CoV-2, os pesquisadores concluíram que o aumento de variantes sem essa mutação pode corresponder à linhagem XBB”, diz a Fiocruz.
A presença dessas amostras que podem trazer a linhagem XBB aumentou de menos de 5% no início de dezembro para 15% na última semana. “Os estados nos quais foram detectadas a possível circulação de linhagens XBB são Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso e Santa Catarina”, acrescenta a fundação.
A confirmação da circulação da XBB no país dependerá do sequenciamento genético, que se dá em um ritmo mais lento que a técnica utilizada. Segundo a Fiocruz, somente duas amostras com a subvariante XBB.1.5 foram sequenciadas no país até o momento, em São Paulo.
A subvariante XBB
A subvariante XBB.1.5 foi apelidada nos Estados Unidos de “Kraken”, um monstro da mitologia grega, devido ao somatório de mutações que ela acumula. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a variante é a mais transmissível já detectada desde o início da pandemia e pediu que os países avaliassem a volta da recomendação do uso de máscaras para passageiros de voos de longa distância.
A XBB foi responsável por mais que um quarto dos casos de covid-19 nos Estados Unidos na primeira semana de janeiro e também já foi detectada em países da Europa.
Fonte: Olhar Digital
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