Com a explosão de produtores de conteúdo nos últimos anos, o podcast é um formato que, sem dúvidas, se destacou como um conteúdo diferenciado para criadores, jornalistas e outros profissionais da comunicação. Em 2023, os podcasts devem continuar se destacando em um cenário global e pensando nisso, o CEO do Estúdios Flow, Andre Gaigher ressalta algumas tendências que marcarão o ano no universo desse formato.
As tendências de podcasts para o ano de 2023, segundo Gaigher:
De acordo com Gaigher, um cenário multiplataforma está sendo desenvolvido para personalização e especialização de conteúdos. especialmente aqueles que focam em informação. Além disso, a relevância da comunidade construída em torno do podcast, pode ajudar o criador a consolidar seu trabalho por meio da monetização de suas publicações, com subscrições e publicidade.
Confira cada uma das tendências dos podcasts para 2023 citadas pelo CEO do Estúdios Flow abaixo:
Conhecimento orgânico
Para o CEO, os ouvintes consomem podcasts porque há oportunidades de aprendizado: “Existe o crescimento do interesse dos ouvintes em assuntos atuais que ensinam e causam curiosidade.”
“É uma tendência incentivar a oferta de conteúdo informativo, destacando especialmente a geração atual que simula uma roda entre amigos. Esse formato deixa de lado a seriedade e assim consegue render conteúdos em um bate-papo, mais do que conseguiria em alguma entrevista mais formal.”
Concorrência entre plataformas
Ele também ressalta a enorme oferta de podcasts, já que mais e mais plataformas estão oferecendo conteúdos desse formato e acelerando o crescimento do setor: “Isso, além de permitir uma enorme oferta de conteúdo, impulsiona sua personalização e melhoria, seja oferecendo conteúdos exclusivos ou desenvolvendo novas funcionalidades como o videocast.”
Um podcast para cada perfil
O destaque nesse ponto está diversidade de conteúdo, pensando em um podcast que ofereça diálogos sobre variados assuntos e atraindo diferentes públicos: “Temos como exemplo o Estúdios Flow, uma produtora de conteúdo que possui o maior hub de podcast do Brasil, que com todos os seus conteúdos diversificados, somam mais de 12 milhões de inscritos e mais de 2 bilhões de visualizações, somente no YouTube.”
“Em sua programação possui temáticas plurais como o Flow Podcast, com Igor Coelho no comando do programa, o Venus, com Criss Paiva e Yasmin Yassine, Ciência Sem Fim, com o geofísico Sérgio Sacani, o Avesso, liderado pelo escritor Ferréz, além dos programas Flow Sport Club, Amplifica, Kritikê e Prosa Guiada.”
Algoritmos aperfeiçoados
Gaigher também enfatiza a importância das ferramentas algorítmicas que ajudam, não só no alcance, mas em como os criadores podem se basear nas próximas edições de um podcast. Nesse contexto, metade dos consumidores descobrem conteúdos por meio de recomendações.
“É por isso que as plataformas apostarão em melhorar seus algoritmos de recomendação, refinando as sugestões conforme o comportamento dos ouvintes, com base em sua escuta, interesses ou idade. O objetivo é facilitar a seleção de usuários, com tempo de lazer limitado. Agora, as redes sociais, plataformas de streaming de vídeo, músicas ou até mesmo entretenimento offline, competem pela atenção. No final, o ouvinte optará por propostas que ofereçam conteúdo relacionado aos seus gostos da maneira mais simples.”
Podcast transmídia
Além do formato em áudio, experimentar o podcast e seus conteúdos em outras mídias, como o vídeo, é essencial para alavancar sua comunidade e expandir fronteiras como influenciador. Gaigher cita o exemplo do streamer Casimiro Miguel, que bateu recordes em transmissões ao vivo no YouTube. Durante o jogo entre Brasil e Croácia, pelas quartas de final da Copa do Mundo, a live da CazéTV atingiu quase 7 milhões de usuários que assistiam à partida no canal.
“Podemos esperar que nos próximos meses a tendência continuará a subir e mais celebridades se juntarão a um formato indispensável para a geração que mais consome conteúdos. Essa tendência já começou a pressionar o criador de podcast independente a dar o salto para o vídeo, para aproveitar a interação com a comunidade, com lives nas plataformas ou a viralidade com o compartilhamento de clipes no TikTok e Instagram, aproveitando ao máximo as ferramentas disponíveis nas mídias sociais.”
Ao vivo predominante
Uma outra tendência envolvendo os podcasts é o conteúdo ao vivo que gera outro tipo de entretenimento: “Assim, veremos cada vez mais iniciativas apostando nesse formato, que permite que os apresentadores façam seus programas ao vivo com um público e obtenham o apoio necessário para monetizar seu conteúdo. Até 2023 haverá muito mais propostas, seja com grandes capacidades de público ou em espaços mais intimistas, com experiências mais personalizadas.”
Interação com o público
Algo já mencionado nos outros pontos, o diálogo e a relação com os seguidores do podcast é algo bastante importante: “O criador tenderá a construir uma comunidade sólida e comprometida, algo essencial para continuar crescendo em audiência e gerar receitas. Para fazer isso, devem aumentar suas interações com os ouvintes, incentivando-os a colaborar, comentar, compartilhar e recomendar o programa da mesma plataforma em que o conteúdo é consumido. Essas ações ajudam a converter ouvintes casuais em seguidores leais, que os ouvem episódio a episódio.”
Melhores publicidades
As estratégias que reforçem o posicionamento da marca é uma forma eficiente de comunicação: “O branded content continuará sendo uma modalidade em expansão escolhida pelas marcas para alcançar seus consumidores, e os criadores aumentarão a busca por patrocínios de valor, que não distorçam a criação e disseminação de seu conteúdo.”
Profissão rentável
Por fim, Gaigher aponta que a profissão de podcaster deve ser cada vez mais valorizada: “O Insider Intelligenceacredita que até 2028 o podcast se tornará uma indústria de US$ 94,88 bilhões. Uma verdadeira explosão do formato, que já está causando o aumento do investimento na produção de conteúdo de qualidade, resultando em uma maior profissionalização.”
Fonte: Olhar Digital
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