É comum observar regularmente a internet receber novas tendências que orientam os usuários a influenciadores de diversas plataformas e redes sociais. Nos últimos anos, é possível decretar que a nova onda da web são os vídeos curtos, um formato que está pressionando criadores a ajustar suas estratégias midiáticas.
As questões envolvendo a febre dos vídeos curtos na internet
A pesquisa do data.ai também indica que praticamente todo o crescimento online de usuários adolescentes está indo para apps de vídeos curtos. Inevitavelmente, a inclinação para uma tendência viral de vídeos se mostra a melhor oportunidade para os criadores construírem suas audiências. Com isso, é comum notar que boa parte das gravações de influenciadores geralmente exibem pouca ou nenhuma originalidade.
Além disso, a explosão do TikTok durante a pandemia da covid-19 e as crescentes preocupações com a privacidade dos dados de usuários estão levando as gigantes das redes sociais a mudarem suas estratégias de distribuição de conteúdo. Um exemplo é a Meta, que aumentou as recomendações de conteúdo que se baseiam nos vídeos curtos virais no Facebook, em vez de amplificar os conteúdo com base em conexões sociais – uma decisão que o sucesso do app da ByteDance influenciou.
“É natural que as redes sociais provavelmente se inclinem para a mídia de recomendação no futuro, porque se as redes sociais apoiarem os anúncios, o conteúdo mais engajado será o que gerará o máximo de receita publicitária”, afirmou Michael Mignano, um investidor da Lightspeed Venture Partners, ao portal Axios.
A Meta também aplicou essas mudanças envolvendo vídeos curtos no Instagram, algo que muitos usuários não aprovaram. “Muitos artistas estão tendo muitos problemas com a mudança. Mas eles estão adotando o vídeo porque não têm mais muita escolha”, explicou Kaya Yurieff, repórter do The Information.
As plataformas de mídia acreditam que a inclinação para os vídeos curtos pode ser uma boa estratégia a longo prazo. No entanto, por agora, essa nova estrutura pode ocasionar discussões sobre as formas necessárias de lucro.
“A carga de anúncios em produtos de vídeos curtos permanece baixa, pois as plataformas priorizam o engajamento crescente em vez da monetização neste momento”, escreveram analistas da MoffettNathanson, em um comunicado publicado recentemente.
Enquanto isso, em meio aos novos criadores e novos conteúdos sendo compartilhados, alguns especialistas acreditam que a inteligência artificial pode ser um recurso viável para essa prática. Nesse sentido, ferramentas de IA como o Dall-E e o ChatGPT teoricamente facilitaria o trabalho de futuros influenciadores.
“A maneira como penso sobre a IA agora é que é uma maneira de permitir que os humanos criem mais e se expressem mais, mas não é uma réplica ou um substituto para a verdadeira criatividade humana”, aponta Mignano.
Informações via Axios
Fonte: Olhar Digital
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