A Tass, agência estatal russa, reportou não oficialmente que a Rússia finalizou a produção das ogivas nucleares que serão usadas no Poseidon, ou como foi apelidado, “torpedo do juízo final”. O modelo já havia sido anunciado por Vladimir Putin em 2018 como uma “arma invencível”.
O anúncio feito nesta segunda-feira (16) vem enquanto a Guerra da Ucrânia está em um momento crítico e mostra o poderio bélico da Rússia. Essa não é a única demonstração russa feita recentemente. Em 31 de dezembro Putin apontou que suas desavenças com o ocidente, ao descrever como seu verdadeiro inimigo e enviando uma fragata com mísseis hipersônicos para o Oceano Atlântico.
Outras partes do torpedo também foram finalizadas, segundo a Tass. Poseidon possui 24 metros de comprimento e será enviado para equipar o submarino K-329 Belgorodo. Ele pode atingir a velocidade de 130 quilômetros por hora e destruir alvos a mais de 10 mil quilômetros de distância, graças a um reator nuclear que servirá como fonte de energia.
De acordo com aFolha de S. Paulo, a ideia de construir o torpedo remonta ao período em que Josef Stalin comandava a União Soviética. Na Guerra Fria a ideia era construir um torpedo de fosse capaz de devastar cidades costeiras dos Estado Unidos.
O Poseidon foi construído de forma a misturar característica de um drone e um torpedo e pode ser equipado com ogivas nucleares de até 2 megatons, segundo a Tass, o que pode causar tsunamis localizados radioativos caso exploda perto de áreas costeiras.
Reação do Ocidente
Em 2018, Putin anunciou que os torpedos “são muito silenciosos, têm alta capacidade de manobra e são praticamente indestrutíveis para o inimigo. “Não há arma que possa combatê-los no mundo hoje”.
Até então os torpedos não eram vistos com temor pelo ocidente, no entanto ele hoje já é uma das preocupações dos Estados Unidos. Na Revisão da Postura Nuclear em 2022 os EUA apontaram que a China e a Rússia continuam a expandir seu armamento nuclear, para incluir tecnologias devastadoras.
A Rússia está buscando vários novos sistemas com capacidade nuclear projetados para manter a pátria dos Estados Unidos ou aliados e parceiros em risco.
Relatório dos Estados Unidos sobre a Revisão da Postura Nuclear.
O Instituto Naval do Estados Unidos também temem o potencial das armas serem autônomas. Além disso, eles pontuam que a arma “não é coberta pelos atuais tratados de armas nucleares”.
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Fonte: Olhar Digital
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