Em 1999 vestígios de um dinossauro foram encontrados em Dakota do Norte, nos Estados Unidos. O fóssil se trata da espécie Edmontosaurus, um herbívoro bico de pato que passou pela Terra a cerca de 67 milhões de anos atrás no período Cretáceo. O que chama atenção no é que ele está extremamente preservado, conservando até tecidos moles, como a pele. 

Os Edmontosaurus viviam em manadas que podiam chegar até 10 mil indivíduos. Esses dinossauros possuíam cerca de 13 metros de comprimento e pesavam 4 toneladas. O maior inimigo e predador desses animais eram os Tiranossauros.

O nível de conservação do fóssil encontrado é impressionante, a pela petrificada do dinossauro permite aos cientistas entender como eram os aspectos externos desses animais. Ele está praticamente mumificado.

Novos estudos sobre o dinossauro mumificado

Quase 20 anos após ser descoberto, pesquisadores reiniciaram os estudos da espécie em 2018. Na nova análise, os paleontólogos descobriram que o dinossauro havia sido mordido por pelo menos dois carnívoros, que indicam que após ter morrido, ele foi atacado por animais carniceiros. A descoberta abalou os cientistas pois pôs abaixo a ideia de que para a fossilização, o animal precisasse ser enterrado logo após ser morto. 

Tecidos moles como a pela foram preservados no fóssil de Edmontosaurus. (Credito: Stephanie K. Drumheller, Clint A. Boyd, Becky M. S. Barnes & Mindy L. Householder (CC BY 4.0), via Wikimedia Commons)

No entanto, foi justamente a exposição a intempéries e animais carniceiros que ajudou a preservar o dinossauro. Segundo os cientistas, as feridas das mordidas permitiram que gases, fluidos e micróbios internos saíssem do Edmontosaurus antes que o processo de decomposição se completasse. Isso permitiu que a pele do dinossauro fosse dessecada antes da fossilização, permitindo a incrível preservação do fóssil.

A fossilização de tecidos internos do dinossauro como músculos e tendões da perna traseira também permitiu que os pesquisadores fizessem novas descobertas acerca do dinossauro. Ele podia correr a 45 quilômetros por hora, muito mais rápido que seus predadores, os Tiranossauros, que não passavam de 27 quilômetros por hora. 

Para o estudo de 2018, os paleontólogos utilizaram equipamentos fornecidos pela NASA e pela Boeing. Um tomógrafo de grande escala permitiu que os pesquisadores analisassem o fóssil em alta definição.