Encélado é uma das 82 luas conhecidas de Saturno. Ela possui cerca de 500 quilômetros de diâmetro e é um satélite muito intrigante. A sua superfície é uma crosta de gelo com um oceano de água salgada sob ele. No entanto, ele pode estar passando por uma seca de acordo com as medidas de espessura dos seus montes de neve realizada por pesquisadores dos Estados Unidos.
Uma série de depressões que são chamadas de cadeias tectônicas acontecem em Encélado e elas servem como depósito de gelo vindo de criovulcões localizados em seus pólos. Medições feitas nessas cadeias revelam que os depósitos podem ter até 700 metros de profundidade. No entanto, a quantidade de gelo expelido não é suficiente para isso.
Em um recente estudo, os pesquisadores indicam que a quantidade gelo pode ser explicada por momentos em que a lua esteve mais ativa.
Erupções criovulcanismo em Encélado
Encélado está constantemente sob um efeito maré acarretado pela disputa de campos gravitacionais de Saturno e outra lua maior e mais distante, a Dione. Esse efeito é forte a ponto de causar rachaduras na crosta gelada próxima ao polo sul.
A água líquida pressurizada abaixo do gelo escapa para a superfície através das rachaduras, se expandindo e vaporizando. O resultado é uma explosão supersônica de partículas de gelo no vácuo, surgindo assim os criovulcões.
Parte do gelo expelido acaba indo parar na órbita de Saturno e se integrando a seus anéis. No entanto, as partículas mais pesadas acabam ficando em Encélado e formam uma superfície regular, ou seja, que possui uma camada de material solto da superfície.
Cadeias tectônicas
As depressões em Encélado foram descobertas em 2017. Essas formações também foram encontradas em outros planetas, como a Terra. Essas estruturas podem se formar quando os materiais da superfície afundam em um vazio. No caso de Encélado, os cientistas apontam que as crateras se formaram a partir de fraturas na camada de gelo que estão localizadas abaixo de montes de regolito.
A observação dos poços pode ser usada para estudar o regolito sobre eles, inclusive a espessura. Acredita-se que a espessura de neve tenha em torno de 250 metros, podendo chegar até 700 metros. O que não bate com a quantidade de gelo expelido atualmente pelos criovulcões.
Os cientistas apontam que na verdade as atividades criovulcânicas deveriam ser mais intensas no passado da lua. Além disso, poderia existir mais vulcões em Encélado além dos que estão em atividade atualmente.
A pesquisa publicada na Science Direct ajuda a compreender a formação de superfícies planetárias ou lunares. O estudo disso é super importante para planejar futuros envios de sonda a esses locais.
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Fonte: Olhar Digital
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