Diversos usuários ao redor do mundo estão insatisfeitos com os rumos da internet comandados por empresas gigantes da tecnologia, em meio à perda de rentabilidade, altos escândalos e a incapacidade de combater desinformações e discursos de ódio. Algumas pessoas vêm apontando uma solução para essa questão: a Web3.
O que é a Web3 e como essa ideia poderia funcionar?
A ideia da Web3, com isso, seria uma evolução da Web 2.0, cujo pensamento se popularizou nos anos 2000. A World Wide Web via o lançamento de várias empresas como o YouTube, Facebook, Twitter, Instagram, entre outras. Seriam plataformas que exerceriam controle sobre os passos dos usuários, mas que trouxe benefícios e quebrou obstáculos digitais, como o pagamento de itens online.
No entanto, escândalos como o caso em 2018 da empresa Cambridge Analytica, que teria coletado os dados pessoais de milhões de usuários do Facebook, contribuem para a desmoralização das empresas tech. Uma visão muito divulgada entre os usuários é de que as gigantes da tecnologia concentram muito poder nas mãos e ao mesmo tempo, não são confiáveis.
Nesse sentido, a Web3 se baseia fortemente nos aplicativos descentralizados (dapps), que possuem código aberto e operam de maneira autônoma. De acordo com a ideia, os dapps são hospedados por todos os usuários – não somente por uma empresa – e isso seria um serviço mais “democrático”. Além disso, as pessoas podem permanecer anônimas, mas serem rastreadas de forma confiável devido aos registros da blockchain.
Dentro desse futuro da internet idealizado por muitos, a Web3 desafiaria o monopólio das gigantes tech. Alguns usuários apontam também que o combate às contas falsas, bots e discursos de ódio seria muito mais eficiente do que é atualmente.
Contudo, há alguns problemas que a Web3 precisa enfrentar, especialmente na questão de “repetição da história”: depender de empresas para implementar uma tecnologia digital complexa. No passado, o Google surgiu em meio à ascensão da Web 2.0 e as dificuldades trabalhosas da Web 1.0. Com isso, alguns “guardiões” dessa ideia da internet podem surgir e transformar o pensamento em um paradoxo.
A Ethereum e a Coinbase seriam esses guardiões da Web3. “Está tudo centralizado em termos de pessoas que têm conhecimento técnico e dinheiro para desenvolver e lançar essas coisas em primeiro lugar”, explica Catherine Flick estudante de computação e responsabilidade social da Montfort University, em seu artigo.
Informações via NewScientist
Fonte: Olhar Digital
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